Vereador Anastácio critica bolsonaro, por ideia de acabar com formação de motoristas por auto escolas

O vereador Anastácio José (PCdoB)  e proprietário de uma Auto Escola (Globo) em Juazeiro, em entrevista ao BlogQSP criticou a decisão do presidente Jair Bolsonaro quando defendeu o fim das aulas teóricas e práticas para emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Para Bolsonaro, seriam suficientes uma prova prática e uma avaliação escrita. O presidente usou como exemplo para justificar sua proposta uma experiência própria. Disse que aos 10 anos de idade já dirigia trator.

A iniciativa também elimina multa para motorista que trafegar com criança de até dez anos sem a cadeirinha. Além disso, o projeto acaba com a exigência de exame toxicológico para motoristas das categorias C, D e E (caminhões, ônibus e vans) e estabelece multa mais branda para quem circular sem capacete.

“O Brasil é um dos países que mais matam no trânsito. Não está se pensando na redução de mortes e acidentes. As partes teóricas e práticas são fundamentais. É preciso que sejam explicados os conceitos básicos de movimento, distância de frenagem, regras de circulação, placas de sinalização, orientação e advertência”, disse o vereador.

Ele afirmou que a decisão é um retrocesso para o Brasil. “É um retrocesso a decisão de Bolsonaro, isso é inadmissível, espero que os órgãos competentes repudiem essa decisão. Sá u inúmeros acidentes de trânsitos que matam as pessoas, o presidente está equivocado, esperamos que ele tenha a consciência. Uma pessoa morta no trânsito custa muito”.

Por outro lado, ele falou também sobre o  limite dos pontos para suspender a CNH, de 20 pra 40 pontos. “É um pacote de construções que este governo vem fazendo, se aumentar o número limite de pontos, teremos mais liberalidade para que as pessoas cometam mais infrações. O nosso trânsito já mata muito e deixa muitas pessoas sequeladas: motoristas, motociclistas e vários pedestres. Vamos aumentar o risco de acidentes e a consequência é irreversível. Esse aumento é um tiro no pé. O risco de termos um aumento de mortes é enorme”, concluiu.