Moradores de Capoeiras, no Agreste, a 206 quilômetros do Recife, cobram das autoridades uma resposta a um caso de bullying na cidade, mote para um protesto realizado na semana passada. Um grupo de estudantes da Escola de Referência em Ensino Médio (Erem) Nossa Senhora do Perpétuo Socorro constrangeu um colega que e recebeu repúdio local depois de o ataque, registrado em vídeos, ser disseminado na internet e motivar outros alunos a realizar o protesto que ganhou ruas do município. Até o domingo (4), entretanto, não eram conhecidas ações efetivas para responsabilizar os autores do constrangimento e circulavam informações de que a vítima, um garoto negro e com problemas mentais, não quer mais ir às aulas.
Nas imagens divulgadas na internet, o adolescente vítima de bullying aparece em meio a colegas e depois se encosta numa parede sob uma intensa gritaria. O incidente teria ocorrido na quinta-feira e, no início da tarde da sexta-feira, houve o protesto. No sábado, foram divulgadas informações atribuídas a um irmão do estudante que sofreu bullying, de que ele estaria “desmotivado e triste”.
Também em nota, o Conselho Tutelar de Capoeiras informou que “foram tomadas as medidas cabíveis, e os encaminhamentos necessários”, reforçando que “bullying é crime e está sujeito a punição prescrita em lei”. Até o fechamento desta edição a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) não tinha registro de ocorrência relacionada ao caso de bullying em Capoeiras.