SE FOR PARA TER ELEIÇÃO INDIRETA, TEMER TEM MAIS LEGITIMIDADE, DIZ WAGNER

O ex-ministro de Dilma e atual secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Jaques Wagner (PT), afirmou ontem (1º) que, embora defenda eleições diretas com mandato excepcional de cinco anos em caso de vacância na Presidência da República, o presidente Michel Temer (PMDB) tem legitimidade para ser o escolhido em eventual eleição indireta.

“Se for para ter eleição indireta, o Temer tem mais legitimidade do que qualquer outro porque, querendo ou não, ele estava na linha sucessória da Presidência”, disse o petista ao jornal O Estado de S. Paulo, em Brasília, ao chegar para o 6º Congresso Nacional do PT.

O ex-governador da Bahia também disse não ver com bons olhos a eventual troca constante de presidente. “A briga política é fundamental para oxigenar a democracia, mas não pode asfixiar o país. Quando a democracia vira uma questão de conveniência, a gente está mal”, disse Wagner.

Para o petista, o critério para derrubar um presidente não pode ser “um corte moralista”. Segundo ele, o pior cenário para o País é o de instabilidade e imprevisibilidade. “Como é que eu vou conversar com um investidor estrangeiro que pergunta quem vai ser o presidente daqui a 15 dias?”, questionou.

Apesar do cenário, Wagner acredita que Temer não será derrubado rapidamente. “A gente está fazendo um monte de especulações, mas antes precisa combinar com os russos. Não sabemos o que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) vai decidir e um processo de impeachment é demorado”, afirmou.

Diante da possibilidade de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adiar o julgamento da chapa Dilma-Temer, marcado para o dia 6, Wagner fez um alerta ao tribunal.

“A maior responsabilidade do tribunal hoje é decidir. Seja o que for”, disse o ex-ministro que diz ser contra a cassação da chapa, pois isso implicaria na condenação de Dilma.

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