LARANJAS DO JATINHO DO PSB FECHAM DELAÇÃO PREMIADA

Estadão Conteúdo

Matéria publicada pelos repórteres Ricardo Brandt, Fábio Serapião, Fausto Macedo, Julia Affonso e Mateus Coutinho do Estadão, revela que o empresário pernambucano Apolo Vieira Santana, um laranjas do jatinho que caiu em agosto de 2014, matando o então candidato a presidente da República Eduardo Campos (PSB), em Santos (SP), é um dos alvos da 38ª fase da Operação Lava Jato, que recebeu o nome de “Blackout”, deflagrada nesta quinta-feira, 23.

A prisão de Apolo Santana chegou a ser decretada pelo juiz federal Sérgio Moro, mas os mandados de prisão e busca e apreensão contra o pernambucano foram suspensão em razão de um acordo de delação premiada firmado pelo empresário com o Ministério Público Federal, também celebrado, segundo o Estadão, pelos demais “laranjas” João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho e Eduardo Freire Bezerra, o Ventola, apontados como operadores de “lavagem de dinheiro” oriundo de propinas, em outra Operação da Polícia Federal, a Operação Turbulência.

No pedido de prisão preventiva de Apolo Santana, a Força Tarefa da Lava Jato aponta o empresário como alguém “com atuação criminosa principalmente no Estado de Pernambuco, tendo como atividade a intermediação de propina de contratos realizados com a administração pública, com a utilização de empresas de fachada”.

A Operação Blackout tem como alvos centrais os operadores de propinas do PMDB Jorge Luz e seu filho Bruno Luz em um dos negócios na Petrobrás, de contratos dos navios-sondas Vitoria 10000 e Petrobrás 10000. Foi identificada pagamentos para a conta da offshore Pago Inc, mantida no banco Safra, em Luxemburgo, informa o Estadão.

O Ministério Público Federal, no Paraná, informa, sobre as atividades “empresariais” de Apolo Vieira Santa que “Apolo Santana se apresenta como profissional voltado para a lavagem de ativos e vale-se constantemente de contas no exterior para circular valores ilícitos, o que justifica o recebimento de valores de propina oriundos do navio-sonda Vitória 10.000 em conta oculta no exterior, operação que deve ter sido realizada em favor de algum agente político”. Resta saber, ainda, quem seria o “agente político” favorecido pelas movimentações financeiras internacionais realizadas por Apolo Santana, que já devem constar de seu acordo de delação premiada que, inclusive, o livrou de mais uma prisão, desta vez, por ordem de Sérgio Moro.

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