Sediada em Barcelona, mas com escritório em São Paulo, a “Flash-Forward” cuida da carreira de 30 jogadores ao redor do mundo, entre eles o próprio Daniel Alves e o lateral-esquerdo André Santos, ex-Corinthians e Flamengo e que hoje defende o Boluspor, da Turquia.
Além de ter funcionários em Houston (a MLS é um mercado estratégico), na Rússia, na Turquia e na região da Escandinávia, a empresa viaja pelo mundo para descobrir talentos, como faz agora no Sul-Americano do Equador.
– Muitos jogadores (do Sul-Americano) chamaram a atenção. Quase todos já têm empresários, então fica complicado mexer. Aqui atuamos mais na parte de intermediação. Conversamos com os scouts de clubes e tentamos intermediar os jogadores de empresários que já temos entrada. É o caso do goleiro Caíque, do Brasil, que temos boa relação com o agente. Tem também o Léo Santos. Não são jogadores nossos, mas temos bons relacionamentos – disse o brasileiro Mateus Miranda, um dos 12 funcionários do escritório de Barcelona (São Paulo conta com três).
A função principal da “Flash-Forward” no Equador é buscar jovens talentos, mas há também a parte de intermediação com clubes, em especial aqueles do Brasil, da Europa e do mercado asiático. Por isso, a empresa tenta se espalhar com gente pelos quatro cantos do mundo.
– Temos que trabalhar os mercados nessas nacionalidades. Negociar com os clubes e ter boa relação. Porque é muito complicado você gerenciar um mercado dos EUA não estando lá. Decidimos então abrir um escritório em Houston, com uma pessoa capacitada que tem boa entrada nos clubes e que agora está trabalhando conosco – completou Mateus.
Os atletas da “Flash-Forward” são, em sua maioria, jovens que atuam na Europa. A empresa se propõe a cuidar de documentação, mobília, plano de saúde, entre outros tantos fatores que facilitem a adaptação.
Relação harmoniosa, e palavra final de Dinorah
O brasileiro não é o único funcionário da empresa no Equador. O catalão Cristian Franco, olheiro da “Flash-Forward”, está com Mateus desde o início da primeira fase para avaliar as promessas sul-americanas e, apesar de elogiar individualmente os brasileiros, diz estar um pouco decepcionado com a Seleção.
– Eu me decepcionei um pouco com os zagueiros. Eles não estão como nos seus clubes. Há um grande problema com os goleiros, que falharam quando tiveram chances. O maior destaque para mim, o mais regular do time, é o Caio Henrique. Também tenho gostado do Maycon e o Felipe Vizeu para mim é um craque, apesar de estar cansado. É muito desgastante jogar em sequência na altitude. O Brasil tem grandes talentos individuais, mas me decepcionou coletivamente – avaliou o scout catalão.
Daniel Alves e Dinorah foram casados por 10 anos e têm dois filhos: Daniel e Vitória. A convivência é harmoniosa, mas quem controla de fato a empresa há sete anos é a ex-mulher do lateral-direito, já chamada pelo jornal “El Mundo” de nova “Roman Abramovich”. A referência ao dono do Chelsea se dá pelo fato de ter comprado o Sant Andreu, da Segunda B, da Espanha, em 2014.
– Quem decide é a Dinorah. O Daniel tem planos de mexer com isso depois da carreira. Ele sempre que pode ajuda a empresa, usando seus contatos com os clubes – completou o empresário brasileiro.