Gestores das escolas em Petrolina conhecem projeto Patrulheiro Águia que leva disciplina e cidadania através da arte

Durante toda manhã da última quarta-feira (06), 25 gestores da rede municipal de ensino em Petrolina conheceram o projeto Patrulheiros Águias da Escola Municipal Santa Terezinha, no bairro Dom Avelar. O projeto Patrulheiros Águias, inspirado no programa Guarda Mirim da Secretaria Municipal de Segurança Cidadã, oferece além de ensinamentos acerca de Defesa Civil, Ordem Unida, lições de cidadania e meio ambiente, atividades de recreação, dança e música. Criado há um ano, pelo voluntário Edson José de Andrade Souza, ex-aluno da escola, o projeto ajudou a desenvolver em mais de 100 crianças e jovens matriculados na escola habilidades como a dança e valores como disciplina e respeito ao próximo.

 

“Queremos implementar esse projeto em outras escolas da rede e por isso chamamos os 50 gestores de escolas do município para conhecerem as atividades e escutarem os testemunhos de um projeto criado para auxiliar na disciplina escolar”, explicou a Diretora de Rede da Secretaria Municipal de Educação, Gilmara Lacerda.


Entre as atividades inseridas no projeto foi implantada a cultura Hip Hop, como forma de combate ao racismo e ao preconceito. O Hip Hop é uma cultura que consiste em quatro subgrupos. O DJing é o músico sem “instrumentos” ou o criador de sons para o RAP; o B.Boying representa a dança, o MCing representa o canto, o Writing (escritores e/ou grafiteiros) representa a arte plástica, expressão gráfica nas paredes utilizando o spray.


Os gestores assistiram a apresentação de dança do grupo e estrofes do RAP cantado pelo aluno Jailson Barbosa da Silva, 17 anos, que garante ser o primeiro rapper de Petrolina. “O Hip Hop mudou minha vida, antes fazia muita coisa errada agora só penso em me expressar através da dança e da música”, declarou o MC Jailson.


O idealizador Edson José de Andrade Souza, explica que o projeto surgiu para mudar a realidade de alunos indisciplinados, “O projeto proporciona interação entre os alunos estimulando o respeito e ao mesmo tempo oferecendo atividades dentro de suas áreas de interesse”, revelou. Segundo Edson José, testemunhos dos pais relatam mudanças positivas de comportamento dos alunos também na convivência com a família.


Edvan Tavares da Silva, 21 anos, ex- aluno da escola, hoje é voluntário junto à escola nas oficinas de Hip Hop. “Eu era bagunceiro, brigão e hoje só penso na dança e nas apresentações que fazemos na cidade mostrando o que é a cultura Hip Hop, combatendo a violência e o preconceito”, afirmou. Atualmente, cerca de 40 alunos e ex-alunos fazem parte do projeto que também mantém uma horta na escola, recreação e atividades junto à coordenação, auxiliando na organização do ambiente escolar.



Texto e Foto: Iana Lima


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