O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, confirmou na quarta-feira, 6, que o governo brasileiro está à procura do terrorista sírio Jihad Ahmad Deyab. Ex-presidiário de Guantánamo, em Cuba, Deyab estava como refugiado em Montevidéu desde dezembro de 2014 e teria saído do Uruguai para o Brasil há três semanas. Ele atuou em operações terroristas da al-Qaeda na África e foi recrutador do grupo na Europa.
Padilha ressaltou que o serviço de inteligência procura não só Deyab, mas também outras pessoas que possam ser uma ameaça ao país, especialmente agora, a um mês da Olimpíada.
Na última sexta-feira, 1º, a Avianca fez um comunicado com alerta para a presença de Deyab no Brasil, com base em informações da Divisão de Antiterrorismo da Polícia Federal. Ao pedir para que a Polícia Federal fosse informada “imediatamente”, a companhia aérea ressaltou que o terrorista, de 45 anos, tem dificuldades de locomoção e usa muletas.
Segundo o jornal O Globo, o ex-detento já havia tentado entrar no Brasil três vezes, mas fora barrado porque seu nome consta em bancos de dados internacionais como envolvido em terrorismo.
O ministro do Interior do Uruguai, Eduardo Bonomi, afirmou que Deyab não violou a lei ao partir para o Brasil. Segundo ele, o Uruguai nunca aceitou o pedido dos Estados Unidos de obrigar os refugiados a permanecerem no país por dois anos. “Se as autoridades do Brasil não o receberem legalmente, podem devolvê-lo ao Uruguai. Mas esse é um problema do Brasil”, disse