Cultura da palma forrageira contribui com sustentabilidade no semiárido baiano

Mais uma capacitação do “Programa de Segurança Alimentar do Rebanho da Agricultura Familiar” será realizada nos dias 9 e 10 de maio, na Estação Experimental da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura (Seagri), no município de Utinga, localizado a 437 quilômetros de Salvador. No curso, 40 técnicos serão instruídos sobre a execução do projeto, desenvolvido por meio da Diretoria de Pecuária da instituição, em localidades do semiárido da Bahia. Para disseminar a cultura da palma forrageira adensada e contribuir com a sustentabilidade da bovinocultura de leite e da ovinocaprinocultura, nessa região, inclusive em períodos de estiagem.
Uma das metas é implantar, até 2013, 367 unidades técnicas didáticas (UTDs) de palma adensada, com 1.350 metros quadrados, e mais 100 unidades, com cinco mil metros quadrados, em parceria com agricultores familiares. A implantação de 50 hectares da vegetação, em estações experimentais da EBDA, com o intuito de produzir mudas destinadas a doação para agricultores familiares, também está incluída no projeto. “Espera-se que o plantio, a partir do próximo ano, seja de 300 hectares de palma, em três mil propriedades de agricultores familiares”, afirma o diretor de Pecuária da EBDA, Marcelo Vieira Matos Paz.
Para a implantação das UTDs, agricultores familiares, entidades comunitárias ou o poder público cederão áreas com solo adequado para o cultivo da palma, por um prazo de cinco anos. Os locais indicados para o cultivo devem apresentar boa drenagem – sem risco de encharcamento -, relevo plano e boa fertilidade. As comunidades também participarão das atividades de preparo do solo, plantio, cuidados com a plantação, controle de pragas e colheita. A EBDA disponibilizará material para construção de cercas, kit de ferramentas, fosfato natural reativo e mudas de palma.
O plantio adensado – técnica a ser utilizada e que consiste em diminuir o espaço entre as mudas – aumenta a produtividade. “A média obtida é de 400 toneladas por hectare, quantidade suficiente para alimentar 44 vacas por um período de 180 dias”, assegura Marcelo Paz. Essa é outra vantagem dessa tecnologia para unidades familiares que não dispõem de grandes áreas de terra para o cultivo, recursos para comprar ração ou outras fontes alimentares para o rebanho.

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