SAÚDE SEM FRONTEIRAS OFERECE TREINAMENTO SOBRE TRACOMA PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA MICRORREGIÃO

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Conhecer as causas e sintomas do Tracoma, (afecção inflamatória crônica da conjuntiva e da córnea), foi a proposta de um treinamento realizado na manhã desta segunda-feira (23), no auditório do Hospital Regional em Juazeiro, direcionado aos profissionais da área de saúde dos municípios da microrregião (Casa Nova, Sobradinho, Remanso, Pilão Arcado, Campo Alegre de Lourdes, Curaçá, Uauá, Canudos, e Sento Sé).

O treinamento que integra a programação do “Saúde Sem Fronteiras”, contou com palestras proferidas pela médica Sueny Santos sobre o ‘Diagnóstico e Tratamento da Tracoma’ e pela Coordenadora de Agravos da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Estado (SESAB), Maria Isabel Mota Xavier que tratou da ‘Situação Epidemiológica da doença no Brasil e na Bahia’.

De acordo com Sueny Santos a faixa etária de maior predomínio da doença é de 1 a 9 anos. “A transmissão da doença ocorre de forma direta, de olho para olho, ou de forma indireta, através de objetos contaminados. Os insetos podem atuar como vetores mecânicos, em especial a mosca doméstica”, informou. A doença é transmissível enquanto persistirem as lesões ativas da conjuntiva. A infectividade é maior no início e quando coexistem infecções bacterianas agudas ou crônicas.

“É bom estar atento para as conjuntivites repetitivas, observar se não é tracoma. Caso o diagnóstico seja positivo, o Ministério da Saúde disponibiliza o medicamento que é repassado aos municípios para que a população tenha acesso. A partir do diagnóstico tem que tratar os casos, eliminando assim a transmissão da doença e impedindo que outros casos ocorram”, frisou a médica.

Segundo Maria Isabel Mota Xavier, Coordenadora de Agravos da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da SESAB, o Tracoma é a doença que mais tem causado cegueira no mundo. “Nessa região, o município que detectamos casos de tracoma foi em Canudos, com alta prevalência. A ideia é retornarmos no próximo ano letivo e iniciarmos as atividades nas escolas, examinando as crianças (parte prática do treinamento)”, pontuou.

Os sintomas que muitas vezes se confundem aos da conjuntivite são vermelhidão e olhos lacrimejantes. “A partir desse momento esperamos que a doença não seja negligenciada e que todos procurem realizar o diagnóstico para o tratamento adequado. Embora haja municípios que não tenham casos de tracoma, é importante conhecê-la, para melhor identificá-la”, concluiu.

Lene Radina/ ASCOM PMJ

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