OSVALDO COELHO, 44 ANOS DE MANDATOS NA DEFESA DO SERTANEJO NORDESTINO

Prefeito Julio Lossio  Osvaldo Coelho Foto Farnésio Silva
Prefeito Julio Lossio               Osvaldo Coelho      Foto Farnésio Silva

Morreu ontem a noite (01) em sua casa, no Recife, aos 84 anos, de um infarto fulminante. Osvaldo teve onze mandatos entre Assembleia Legislativa e Câmara Federal (o que significam 44 anos participando da vida política do país). Seu corpo deve chegar ainda hoje a Petrolina, para receber as devidas homenagens.

O traslado do corpo, do Recife para Petrolina, deve ocorrer amanhã por volta das 10 horas, de avião, estando o velório programado naquela cidade a partir do meio dia.

A família, bastante transtornada, não soube informar se o sepultamento será amanhã mesmo no final da tarde ou na quarta-feira, pela manhã. “Estamos ainda discutindo como tudo será feito”, disse Guiherme.

No último pleito que disputou em 2006, Osvaldo recebeu a expressiva votação de 72.109 votos, insuficientes, contudo, pelo sistema proporcional, para manter o seu irretocável mandato na Câmara dos Deputados.

Num artigo, após a derrota, escreveu: “Fiz todo o possível para que o sertão tivesse um sonho melhor e consegui várias conquistas. Hoje, a região a qual represento é dotada de um aeroporto internacional, uma Universidade Federal, um CEFET, e é conhecida internacionalmente como a Capital da Irrigação.

De acordo com o IBGE, em 2004, dentre os 5.560 municípios do Brasil, Petrolina ocupa a 3º posição no PIB agropecuário municipal, graças à fruticultura irrigada. Deixo implantado, em funcionamento, o Projeto de Irrigação Maria Tereza. Deixo concluída a primeira etapa do projeto de engenharia do Empreendimento Canal do Sertão de Pernambuco, que irá viabilizar economicamente 17 municípios da Região Oeste do Estado e em fase de conclusão de obras o Projeto de Irrigação Pontal.

Deixo Petrolina com a responsabilidade de ser uma metrópole regional dotada de fonte de renda, de infra-estrutura de transporte e de um importante centro educacional. Aos que pretendem se enfileirar no mesmo caminho da minha luta, sugiro que insistam em reduzir a maior taxa nacional de analfabetismo, triste realidade do semiárido nordestino. Persistam na luta para obtenção de um crédito subsidiado, compatível com as condições climáticas do semiárido.

Exijam-se do Governo mais incentivos às atividades produtivas, como a bovinocultura, a ovino-caprinocultura, a piscicultura e a apicultura, atividades econômicas que possibilitam a inclusão social. Ênfase especial deve ser dada à Irrigação, à implantação de Projetos Públicos de Irrigação”.

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