Todo ano é assim: chegam às férias e os bancos de sangue dos hemocentros ficam vazios. Essa situação não é diferente na Fundação de Hematologia e Hemoterapia/PE (Hemope), em Petrolina. Lá, a maior demanda é pelo sangue do tipo O negativo. Por se tratar de um sangue universal, que pode ser doado a qualquer pessoa, a necessidade por esse tipo sanguíneo é maior. “Nós não devemos e não podemos ficar sem o sangue O negativo”, disse a Assistente Social do Hemope, Maria Isabel Freire. No entanto, todas as doações são bem vindas, independente do tipo.
Para ser um doador, é necessário ter entre 18 e 65, pesar mais que 50 kg e ter uma boa saúde. Com relação à boa saúde, a assistente social do Hemope faz um alerta. “Não pode está gripado. Quando eu falo goze de boa saúde as pessoas pensam que gripe não é doença. Mas é uma doença importante que a gente tem que cuidar e se cuidar”, explica.
Além dos requisitos citados acima, é importante que o doador não se esqueça de levar o documento de identidade, ir alimentados e não ter ingerido bebidas alcoólicas na véspera da doação. Após o preenchimento do cadastro, a pessoa passa por um médico para fazer uma triagem.
Doando sangue pela segunda vez, o senhor Geraldo Ferreira, 62, destaca a importância desse ato. “Essa é uma maneira de ajudar as pessoas que estão precisando”, afirmou.
Infelizmente nem todas as pessoas pensam como o seu Geraldo. Segundo a assistente social do Hemope as pessoas não têm medo de doar sangue, o que acontece é a sensação de que o problema nunca irá chegar até elas. “Não é medo. É você estar longe do problema. Se você está saudável, sua família está saudável você fica mais por fora. A sensibilidade é maior quando a gente sente o problema mais próximo”, alertou.
Vale lembrar que doar sangue não causa nenhum dano a saúde. O sangue coletado de cada doador pode ajudar até três pacientes.
Texto e Foto: Emerson Rocha (estagiário)