Ceape, um moribundo a espera da extrema unção

Implantado no inicio da década de 80, juntamente com a construção do mercado do produtor de Juazeiro, o CEAPE – Centro de Abastecimento de Petrolina, criou uma expectativa alvissareira de se transformar em um grande entreposto de Comercialização dos produtores da região. O tempo frustrou as esperanças e a estrutura ali montada, nunca justificou o investimento. Juazeiro, de muito tempoconquistou o espaço e nunca mais largou. Agora se discute a desativação daquele mercado, e os primeiros a se  levantarem contra a iniciativa do poder Executivo são os permissionários do CEAPE. As discussões ganham contorno político, com a entrada em cena da vereadora Ana Télia, líder da oposição ao prefeito Julio Lossio. A vereadora está convocando uma audiência pública para ser palco da discussão sobre quem é contra ou a favor. Importante então, ponderar os argumentos que serão apresentados. O que está posto no momento, é o interesse dos permissionários que defendem a manutenção de tudo que está lá no CEAPE e pedem é mais investimento do dinheiro público para continuar tudo do mesmo jeito. Do lado da prefeitura, Júlio Lóssio garante que os permissionários têm onde se localizar, com uma expectativa de melhorias com a mudança. A feira livre seria transferida para imediações do bairro Antonio Cassimiro e alí ganharia cobertura, boxes e banheiros públicos. A comunidade do local recebeu com satisfação a idéia do prefeito. Julio Lossio ainda argumenta que o CEAPE se transformaria em um grande Centro Administrativo Municipal, abrigando todas as secretarias, orgãos e autarquias ligadas ao poder público municipal. O que pode se concluir, de comum acordo entre as partes contrárias, é que o velho CEAPE do jeito que está, não pode continuar. Ademais, é acompanhar as discussões e tirar, cada um, a sua própria conclusão do que é mais interessante para a sociedade petrolinense como um todo. Desde o inicio que o centro perdeu a concorrência com o mercado do produtor de Juazeiro, face aos impostos cobrados na época pelo governo de Pernambuco o que inviabilizava a comercialização em larga escala das frutas produzidas no lado direito do rio São Francisco.

Na verdade o Ceape está  morto, pois perdeu o sentido de existir, só que esqueceram de avisar os permissionários. Só resta convida-los para a extrema unção.

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