O segundo turno da eleição presidencial abriu um novo cenário político no país que, com o apoio da mídia conservadora, pretende polarizar a sociedade brasileira.
Verifica-se o encontro de forças conservadoras e retrógradas para difundir ideias reacionárias, preconceituosas, e antidemocráticas. Setores fascistizante pregam o retorno da ditadura militar.
A derrota eleitoral não foi assimilada por estas forças que agora tentam um “terceiro turno” onde vale tudo, inclusive o golpismo. Não engolem especialmente o papel decisivo que os movimentos sociais progressistas e democráticos tiveram no segundo turno e a possibilidade aberta para disputas por reformas de interesse popular.
O novo Congresso que toma posse no próximo ano terá uma correlação de forças ainda mais conservadora o que coloca em risco os direitos civis e sociais que conquistamos tão duramente no Brasil. Estão em sua pauta o avanço da terceirização e da precarização do trabalho, a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais, o fim das leis contra o trabalho análogo ao escravo, o retrocesso nas políticas públicas referentes aos negros, as mulheres e homossexuais. Não temos nada a ceder e não aceitaremos conciliações ás custas de nossos direitos. Nem um só direito a menos. Queremos mais direitos e conquistas.
É por tudo isto que várias entidades, movimentos sociais e partidos progressistas se juntaram. Pretendemos derrotar a ofensiva conservadora, garantir as conquistas democráticas e trabalhistas e avançar nas reformas populares. Entre outras coisas defender:
Contra o ódio aos nordestinos e ao povo pobre! Pela Reforma Política. Por Reformas populares no Brasil, a exemplo da Política Nacional de Participação Social, das reformas da Dívida, da Remessa de Lucros, Urbana, Agrária e Tributária Progressiva, da Democratização das comunicações e das empresas, e por políticas públicas de saúde, educação, cultura e segurança pública.
Assinam:
MST, MPL, INTERSINDICAL, CUT, CTB, MSTB-DL, ATRACALL, ABAM, SENGE, SINDAE, Consulta Popular, Sindicato dos Metalúrgicos, Marcha Mundial das Mulheres, Movimento dos Produtores Livres, DIAP, SITICCAN, SINDPEC, SINTRACOM, SINTTEL, SINDIMINA< STR Araçás, SINSTAELBA, Secretaria de Combate ao Raciasmo da CONTCON, Quilombo Rio dos Macacos, União das Costureiras da Bahia, Instituto Palmares, Círculo Palmarino, Atitude Quilombola, Instituto José Olivio, SINDPOL, Setor Sindical do PDT, Secretaria de Movimentos Sociais do PT, PSOL, PCdoB.