Serventuária desdiz acusações contra Pantoja

A servidora pública Iara Leobas de Alencar acusa ter sido persuadida por seu advogado Denivaldo Teixeira

Na última quarta –feira (14), a servidora pública da Comarca de Remanso, Iara Leobas de Alencar, se retratou das acusações feitas ao então Juiz Claúdio Pantoja e acusa de ter sido persuadida por seu advogado Denivaldo Teixeira para proferir acusações contra o magistrado de desvios de funções na Comarca no período que representou o Poder Judiciário do município. A serventuária representou contra o Juiz em 2009 na Corregedoria do Tribunal de Justiça da Bahia.  

Na sala de audiências da Vara Crime da Comarca de Remanso, Iara argumentou que na época sofria de depressão e que todas as cartas falsas de acusações contra Pantoja eram repassadas pelo advogado que a obrigava assinar e ainda, que não tinha autorizado o advogado de representá-la. Em depoimento, Iara afirmou que assinava documentos sob alegação do advogado que ela poderia retornar para a cadeia.

No termo de qualificação e declaração, consta ainda, que a serventuária declarou nunca ter visto desvio de armas do Cartório e que nunca foi obrigada a cometer ilegalidade a mando do magistrado.  

Iara voltou atrás desconsiderando declarações feitas em 2009, negando que teria agenciado mulheres para o Juiz, e que ele jamais teria utilizado recurso da Associação dos Serventuários da Comarca para uso próprio. Em seu depoimento ela afirma que parte do dinheiro da associação era destinada às Policias Civil e Militar, doadas às creches, confraternizações de funcionários e reforma do Fórum, e que ele nunca adulterou dados da atividade judicante do investigado.

Troca de acusações

De acordo com o depoimento da serventuária, o advogado criou factóides para se vingar de Pantoja que em outra oportunidade teria o condenado pelo crime de estupro. As informações colhidas durante audiência serão encaminhadas à Corregedoria do Tribunal de Justiça da Bahia para os tramites judiciais em curso.

Pantoja, que atualmente exerce a magistratura na Comarca de Paulo Afonso, disse que sempre esteve tranqüilo, pois sempre teve como princípios básicos na sua atividade judicante a seriedade, retidão e honestidade no seu labor, e que as acusações são infundadas e inverídicas. 

Por Mônia Ramos



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