Ao contrário do que propala a oposição em Petrolina, maior colégio eleitoral do Sertão, o prefeito Júlio Lóssio (PMDB) tende a ser um osso duro de roer, principalmente se os seus adversários chegarem ao final do processo de afunilamento das candidaturas rachados ao meio, como ocorre hoje.
Sem apoio dos dois níveis de poder – a União e o Estado – Lóssio priorizou o social. Seu carro-chefe é o programa Nova Semente, que beneficia a população pobre com a instalação de creches. Já entregou 50 e deve fechar o programa com 100.
Sem condições de manter a estrutura caríssima do Hospital Dom Malan, municipalizado por um erro de visão estratégica do Estado, Lóssio devolveu o abacaxi ao governador e passou a investir em verdadeiras UPAS municipalizadas, batizadas de AME (Atendimento Multiprofissional Especializado).
Com recursos próprios, já colocou três em funcionamento e até o final da gestão chegará a um total de quinze. Na sexta-feira passada, entregou à população o Mercado do Turismo, projeto iniciado por seu antecessor, o ex-prefeito Odacy Amorim.
E que chegou a contar com emendas federais, através do deputado Fernando Bezerra Filho. Com 196 boxes, deixará em um só local os ambulantes, acabando com o desordenamento urbano do centro.
RACHA – Lóssio não tem ainda adversário definido. O ex-prefeito Odacy Amorim já se lançou candidato, mas não tem o apoio do ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho. Não sendo candidato no Recife, FBC tende a lançar o seu filho, deputado federal Fernando Filho. Neste caso, a grande dúvida é saber se Odacy resistirá às pressões do Palácio para se manter no páreo. Sua candidatura, pelo PT, racha as oposições e é tudo que Lóssio deseja.
(Coluna do Sábado – Magno Martins)