A Associação Brasileira dos Produtores, Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), promoverá uma reunião com os produtores e os prefeitos de Juazeiro e Petrolina, no auditório do Banco do Brasil, da cidade pernambucana.
O objetivo do encontro é buscar uma solução imediata no combate à infestação das moscas-das-frutas, que põem em risco a fruticultura do Vale.
O Presidente da Comissão Nacional de Fruticultura, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Carlos Prado, também estará presente na reunião juntamente com os representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), da Agência de Defesa Agropecuária de Pernambuco (Adragro) e da Moscamed para discussão e tomadas de decisão que proporcionem uma solução rápida.
De acordo com a Abrafrutas, recentemente o Chile suspendeu a importação da manga brasileira, por apresentar sinais de contaminação. No Vale do São Francisco (VSF) o problema com a praga se agravou pela falta de monitoramento da mosca-das-frutas.
Para o Presidente da Moscamed, Dr. Jair Virgínio, a iniciativa da Abrafrutas é louvável. “Precisamos desta união para vencer a praga e garantir o êxito da fruticultura do Vale, pois todos estão em risco, o pequeno, o médio e o grande produtor”, afirma Virgínio.
Moscas-das-frutas
A Ceratitis capitata foi detectada no Brasil em 1901 e, desde então, se expandiu por todo o nosso território. É uma praga primária, e o efeito ocorre quando as fêmeas depositam os ovos nos frutos, permitindo a entrada de organismos oportunistas que estragam o pomar, como fungos e pequenos besouros. Podem infectar até 300 espécies de vegetais inclusive as culturas de manga, uva, goiaba e acerola.
Além das perdas diretas no campo e do aumento no custo de produção, a praga é considerada quarentenária, ou seja, está presente em outros países ou regiões e mesmo sob controle permanente, constitui ameaça a economia agrícola do país ou região importadora.
Os diversos países que importam frutos brasileiros exigem o estabelecimento de medidas fitossanitárias, que são procedimentos de monitoramento e controle das pragas que possam provocar danos ao meio ambiente, inclusive ao país importador. Na ausência destas medidas, as importações podem ser suspensas pelo comprador.