A Controladoria Geral da União (CGU) abriu processo para investigar uma nova denúncia de irregularidades no Complexo Industrial e Portuário de Suape. A nova investigação, iniciada em 9 de junho, investiga os repasses antecipados de recursos da Petrobras necessários à construção da Refinaria do Nordeste Abreu e Lima (Rnest), que está sendo implantada no terminal pernambucano.
De acordo com matérias veiculadas pela imprensa, a Petrobras teria repassado R$ 783 milhões ao Governo do Estado, sendo que R$ 459,5 milhões deveriam ser ressarcidos a estatal. As investigações recaem sobre o chamado “termo de adiantamento de tarifas”, firmado entre a Petrobras, Governo do Estado e o Porto de Suape, em 18 de agosto de 2008.
O contrato na época, foi assinado pelo então diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa – preso pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em uma série de irregularidades envolvendo contratos da Petrobras -, o ex-governador e atualmente presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos, e Fernando Bezerra Coelho, ex-ministro da Integração Nacional e hoje candidato ao Senado.
A quarta investigação aberta pela CGU teve início a partir de um pedido de informações sobre os investimentos feitos pela Petrobras na refinaria pernambucana que acabaram revelando os contratos que estão sendo analisados.
Os contratos previam que o Governo do Estado executasse diversas obras, como dragagem e a construção de um novo píer, a partir do recebimento adiantado das tarifas portuárias. O Complexo Industrial e Portuário de Suape deveria emitir 13 notas promissórias à Petrobras no valor de R$ 310,2 milhões para ressarcir os adiantamentos realizados.
Pernambuco 247