EM ALAGOAS, EDUARDO DIZ QUE É CANDIDATO CONTRA OS PODEROSOS

Foto: Alexandre Severo/PSB

Foto: Alexandre Severo/PSB

Por Carolina Albuquerque
Do Jornal do Commercio desta segunda-feira (23).

Em convenção do PSB em Alagoas, o presidenciável Eduardo Campos (PSB) se colocou como candidato contra “os poderosos” e sensível às causas do Nordeste, endurecendo seu discurso às vésperas da abertura da campanha presidencial. O tom adotado por Eduardo vem após o ex-presidente Lula, em sua passagem pelo Recife, há 10 dias, ter reagido ao que chamou de “ódio de classes”. “A força do povo é muito maior do que os poderosos possam imaginar”, disse Eduardo, no ato do PSB em Maceió, realizado no último sábado.

“Quem tem fé como eu tenho, quem sabe dialogar com o povo como aprendi desde cedo, sabe que quando o coração do povo se enche de esperança, a fé comanda a sua atitude. A gente remove as montanhas, os palácios, o poder do dinheiro, da arrogância daqueles que acham que compram tudo”, bradou o presidenciável. Em Alagoas, o PSB ocupa a vice, com Alexandre Toledo, do candidato ao governo do Estado Benito de Lira (PP).

O presidenciável também aproveitou para criticar a presidente Dilma Rousseff, afirmando que ela não enxerga as necessidades do Nordeste. “Nunca o Nordeste foi tão importante na eleição de um presidente, como foi na eleição da presidente Dilma. E agora o Nordeste olha assim e vê obras inacabadas, promessas feitas que não foram realizadas”, disse.

Eduardo acrescentou que o governo viu a seca que arrasou a agricultura familiar sem “dar uma palavra” e não estimulou setores importantes para a região como o turismo, o sucroalcooleiro, o de confecção, o calçadista, a agricultura irrigada. E concluiu: “Nós servimos para ser eleitor, mas não servimos para ser olhados e cuidados”.

Apresentando-se como o homem que “não cria os problemas, mas que resolve”, defendeu que o Nordeste não pode ser mais visto como o “problema do Brasil”. Na mesma linha, disse que “nós não somos os currais” eleitorais e se somou aos esforços para romper a “cerca” que “eles colocaram sobre nós”, tudo dito sem deixar claro quem seriam o “eles”.

Mais uma vez, Eduardo voltou a dizer que o seu projeto é o único capaz de unir o Brasil e se contrapor às forças que governam e já governaram o País. E ressaltou que a população estaria “cansada” dessa “arenga” entre o PT e o PSDB.

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