Por Marisa Gibson
A presença do peemedebista Júlio Lóssio na Prefeitura de Petrolina é uma mostra inequívoca da independência do eleitorado do município, que se insurgiu contra a disputa que dividiu o PSB local em 2008 e cujo resultado foi a espetacular derrota do socialista Gonzaga Patriota, que tinha o apoio do ex-presidente Lula e do governador Eduardo Campos.
Hoje, numa reviravolta que ninguém imaginava, a rinha se dá entre PT e PSB. Os petistas querem Odacy, deputado estadual, como candidato a prefeito de Petrolina e os socialistas querem Fernando Bezerra Filho. E tem jeito de provocação o ato político que o PT realiza, hoje, em Petrolina para oficializar o ingresso de Odacy (ex-PSB) no partido. É como se fosse uma resposta a Bezerra Coelho que, em revanche ao projeto de Odacy no PT, lançou sua pré-candidatura a prefeito do Recife com o objetivo claro de intimidar os petistas. Mas apesa de tanta movimentação, ainda não se sabe a preferência do eleitorado petrolinense: PT, PSB ou PMDB? Lóssio trabalha pela reeleição, os petistas consideram que Odacy é quem agrega mais, enquanto os socialistas, com argumentos semelhantes, asseguram que Bezerra Filho é o dono do pedaço. E este cenário já aponta que, antes mesmo das eleições, haverá um derrotado dentro da Frente Popular, o PT ou o PSB, dependendo do entendimento que for obtido no município. Isso se os socialistas e petistas não decidirem brigar nas urnas pela vitória em Petrolina e no Recife. Agora, se o PT emplacar Odacy como candidato único da Frente em Petrolina, será a segunda derrota de Bezerra Coelho: em 2008, ele não conseguiu fazer de Odacy, então aliado seu, candidato à reeleição.
