Nesta quinta-feira (29), o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Horticultura Irrigada (PPHI), professor Carlos Aragão, acompanhado do diretor do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Juazeiro (BA), Ruy de Carvalho Rocha, realizaram um ato simbólico em comemoração a defesa da 100ª dissertação de mestrado do Programa.
O marco foi para a defesa de dissertação intitulada “Produção de mudas e desenvolvimento de plantas de melancia cultivar Crimson Sweet sob aumento de temperatura e CO2”, resultado da pesquisa da estudante do mestrado Laise Guerra Barbosa, orientada pela professora doutora do PPHI e pesquisadora da Embrapa, Bárbara França Dantas.
O diretor do DTCS, Ruy de Carvalho Rocha, falou que esse momento baliza a história da pós-graduação na Instituição com a qualificação de 100 mestres que atuam nos setores de fruticultura e olericultura nacional e internacional. “Esse é um momento muito importante para o nosso mestrado que tem ajudado a solucionar problemas que resultam em benefícios e impulso para a agricultura da nossa região”, destacou.
Durante a comemoração, o coordenador do mestrado, Carlos Aragão, falou da importância do Programa de Pós-Graduação para a região do Vale do São Francisco e dos impactos positivos que esse curso promove nos aspectos social e econômico local.
“No período de 2006 até aqui já titulamos 100 mestres que estão atuando em empresas privadas; empresas públicas; no ensino e na pesquisa”, disse Aragão.
Relevância – Buscar soluções para os problemas oriundos da agricultura no Vale do São Francisco são as demandas prioritárias do Programa de Pós-Graduação em Horticultura Irrigada (PPHI). De acordo com o coordenador do mestrado os critérios dos trabalhos levam em conta as demandas de produtores rurais locais.
“Todo esse esforço é uma forma de fazermos a interação da pesquisa com a comunidade”, reforçou Aragão.
Pesquisa – “Nosso programa se preocupa muito em diagnosticar e recomendar demandas da região que são trazidas para o nosso mestrado através dos agricultores”, disse Aragão, destacando que o Programa não estuda problemas de outras regiões e o foco é a pesquisa que vai desde o uso eficiente e econômico da água; preservação do meio ambiente; minimização do uso de pesticidas na agricultura, por exemplo.
O professor Carlos Aragão destacou ainda que a defesa de número 100 trata de um tema de grande relevância que está relacionado às mudanças climáticas no comportamento das sementes de hortaliças e algumas espécies nativas de plantas da caatinga ameaçadas de extinção.
Intercâmbio – Nesses oito anos de existência, o Programa de Pós-Graduação realizou importantes parcerias com instituições de ensino e pesquisa da esfera local, nacional e internacional.
Aragão destaca ainda que vem trabalhando na divulgação para também atrair pessoas de outros estados. “No último processo seletivo para ingresso no mestrado, que teve num grupo de 50 candidatos, mais de 20% dos inscritos eram de outras regiões. O curso também vem dialogando com Instituições, a exemplo de Moçambique para formalizar um convênio, com o intuito de nos próximos processos seletivos termos dois professores moçambiquenhos em nosso Programa. Isso quer dizer que o curso mostra, cada vez mais, que não está limitado as paredes da instituição e que quer ampliar suas fronteiras”, adianta.
Doutorado – Para que os programas de pós-graduação de mestrado possam pleitear o tentar a recomendação de um doutorado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), há a necessidade que o curso eleve seu conceito. Inicialmente o curso é recomendado com conceito 3 e pode atingir a nota máxima que é 7.
Aragão explica que todos os envolvidos no mestrado, incluindo alunos e professores, vêm trabalhando com bastante empenho para a mudança do conceito. “No último processo de avaliação feito pela Capes recebemos conceito 3, mas com grande chance de, já no próximo triênio, que compreende 2013-2014-2015, alcançarmos o conceito 4. Para isso, estamos trabalhando para resolver os pontos em que apresentamos fragilidades e elevar essa nota”, explicou.
Ainda de acordo com Aragão, a proposta do doutorado do DTCS já está estruturada aguardando a mudança de conceito do mestrado para obter a aprovação. “Tudo nos leva a crer que no ano de 2015 teremos o doutorado recomendado pela Capes. Alcançado isso, galgaremos conceitos mais elevados”, finalizou Aragão.
