ENCAMINHANDO A VOTAÇÃO Parte I

ENCAMINHANDO A VOTAÇÃO

Pediria ao querido leitor para citar alguns, alguns, como dizer, ditos populares que misturam verdades, mentiras, humorismo de plantão. Sabe como é, né, num já sabe. Eis alguns, alguns:

  • Mande para os vereadores uma caixa de remédios para memória. Assim, de vez em quando, eles vão se lembrar da cidade e das suas promessas antes de se elegerem.
  • Leve alguns lutadores de artes marciais até a câmara e peça para um vereador ensinar para eles alguns golpes.
  • Peça aos vereadores que entrem na campanha contra o tabagismo e parem de fazer o povo levar fumo.

Não seria tolo ou irresponsável de afirmar tudo isso ser correto, educado, construtivo. Em parte. Longe disso, vejo e analiso até um certo carinho pela câmara municipal. O povo nosso tem isso como tradicional e folcloriza em roupas, imitações, máscaras, adesivos, musicas, charges, cordéis, contos, anedotas. Já percebeu, leitor?

Mas uma, só pra, pra:

  • Fale para aquele vereador que decepcionou o povo que precisa de uma troca de favores. Você vai fazer o favor de não denunciá-lo, e ele, o favor de nunca mais ter a cara de pau de pedir mais voto.

Tá bom. Tá bom, bom, bom. Vamos ao que vim, amigão. A importância de um vereador é imensa. É o politico de quem se pode chegar mais próximo, fundo. O povo simples, o metido a bosta, o executivo, o pobre miserável, o rico todo-poderoso, o ateu, o religioso, o noiado crackeiro, o grande traficante, o prefeito, o governador, a presidenta. É, sentiu só, o homem num é mole não. Tem muito a trabalhar por toda uma cidade. Isso quando se propõe e se quer, com honestidade, idoneidade, transparência. Quando se quer, trabalha. E sente orgulho disso, anda de cabeça erguida, dorme bem, cantarola, ama a vida e o seu grandioso oficio, um presente dado por seu povo no dia do aniversário das urnas. Quando vai nisso a fundo, vive feliz. Ainda faz os seus felizes, família, amigos, o povo.

Eleitor leitor, conhece por aqui algum vereador assim?!

E o que tem que fazer um vereador para isso?!?

Simples: LEGISLAR!!! Legislar a bem do povo, não para si. Criar leis e mecanismos legais que permitam sobretudo o bem estar de todos os cidadãos, sem discriminação, preconceito, raça, cor, sexo, religião, classe social, ideologia. Ouvir o grito do povo e satisfazê-lo em seus anseios por todos os campos: INFRAESTRUTURA (estradas, pavimentação, saneamento, limpeza pública, iluminação, moradia, segurança), SAÚDE (gente capacitada, medicamentos, postos de saúde, hospitais, vigilância sanitária, padrões dignos), EDUCAÇÃO (gente capacitada, escolas fundamentais e técnicas, faculdades, universidades, merenda, fardamentos, material didático, tecnologias, padrões dignos) ESPORTES (gente capacitada, quadras recreativas e profissionais, materiais esportivos, academias, competições, incentivos à prática nas escolas e comunidades em geral), CULTURA (gente capacitada, bibliotecas, centros e oficinas de literatura, músicas, dança, teatro, artes plásticas, incentivos à prática nas escolas e comunidades em geral). E haja mais: lutas incessantes por salários dignos, mais democracia, meio-ambiente sustentável, politicas de lazer público, etc.

Tá vendo, meu caríssimo leitor, como tem a fazer um vereador?  Quando se quer, muito. E lasque muito nisso. Para um bom inicio, acercar-se de uma assessoria competente, fiel, comprometida, séria (assessoria essa que não permita o vicio nojento e inescrupuloso que a maioria dos vereadores tem: fisgar, roubar mesmo!, boa parte dos ganhos salariais dos assessores. Roubo puro. Menti vereadores, assessores, povo? Tá vermelhinha, carinha vermelhinha, tá vermelhinha, carinha vermelhinha…).

Pois, pois, se legislar é a sua função, excelentíssimo vereador, que a cumpra. E, ca-la-do!, o resto é papo furado. Tô certo, leitor ficha-limpa?

Caso queira legislar correto seja bem vindo, vai encontrar um gabinete adequado, digno, cafezinho quente gostoso, água mineral gelada, assessores à escolha, e um ótimo, ótimo mesmo, salário. O povo paga religiosamente todo o santo dia 20 do mês. Faca e queijo. É só ter fome e andar na linha. Criar leis que atendam lacunas, fiscalizar atos impróbrios de todas as autoridades municipais, inclusive dos próprios colegas, desmascarar ilegalidades, desmazelos, corrupções, fazendo com que isso chegue ao pleno conhecimento da população. Ser vereador é ato de coragem, fé, humanismo, visto que visa enxergar, consertar, buscar o melhor para todos. Dos oiapoques aos chuís de uma comunidade.

Alguém enxerga isso na Câmara Municipal de Juazeiro?!?

Por que, numa imensa maioria, os cidadãos juazeirenses esculhambam tanto e com tanto gosto os seus vereadores?

A 2ª parte do artigo “ENCAMINHANDO A VOTAÇÃO…” será tão somente sobre os atuais vereadores de Juazeiro. Quem são? Fizeram, fazem, farão, o que? Quando? Depoimentos de figuras ilustres e populares da cidade.

Os vereadores subservientes, os lacaios, os corajosos, os em cima do muro somente esperando o executivo estalar os dedos, os sérios, os determinados. Os reis de cargos indicados na esfera municipal e estadual. Situação. Oposição. Os vereadores simsim e os nãonão. Todos os vereadores, de um por um, tim-tim por tim-tim e ainda entrando em detalhes. Promete. A cobra vai fumar!


Em breve, no blog, o “ENCAMINHANDO A VOTAÇÃO… 2ª PARTE”.

Tudo 12 X 8, então?

Calma.com, eleitor leitor do coração. Enquanto isso, ¢£ Imagine on the people… ££

Só mais uma umazinha pra, pra:

  • Durante uma campanha eleitoral, um candidato a vereador vomita fluentemente um chato e repetitive discurso de promessas, quando o Jumento de Joaquim (lembra dele?) que assistia ao comício começou a zurrar.

– O que é isso? (pergunta o ilustre candidato)

– É o eco (responde um dos presentes).

Otoniel Gondim – Professor, escritor e compositor.

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