PROJETO DE PISCICULTURA DA CODEVASF PODE AJUDAR A RECUPERAR A POPULAÇÃO DE SURUBIM E PACAMÃ NO SÃO FRANCISCO

blogqsqppeixesA Codevasf mantém há mais de trinta anos na zona rural de Petrolina, um centro de piscicultura. No local são realizadas pesquisas e criação de peixes. A companhia tem investido em estudos em três áreas: a piscicultura comercial, onde produz e fornece alevinos para pequenos criadores da região; a piscicultura social onde promove o povoamentos de açudes públicos; e a piscicultura ambiental com objetivo de recompor a fauna do Rio São Francisco através da criação em cativeiro de espécies nativas, uma das pesquisas mais importantes, onde são feitos mais de dez peixamentos por ano no rio.

O trabalho consiste basicamente em reproduzir em laboratório as condições biológicas não mais encontradas na natureza para a reprodução dos peixes. As pesquisas desenvolvidas aqui possibilitam inclusive a recuperação de espécies que já desapareceram do rio São Francisco.

Este é o caso do pacamã, um peixe que raramente é encontrado no médio São Francisco, abaixo da barragem de Sobradinho. A criação em cativeiro é relativamente nova e passa por uma série de adaptações, como por exemplo, a alimentação a base de ração. Mas as pesquisas são promissoras, o pacamã tem a vantagem de se reproduzir espontaneamente em cativeiro, sem a necessidade de inseminação artificial. Pode no futuro ser uma opção comercial bastante interessante para os criadores.

Outra espécie nativa que recebe a atenção dos pesquisadores é o surubim, uma das mais apreciadas da gastronomia Sanfranciscana. Nos tanques escavados da Codevasf, são encontradas verdadeiras raridades: peixes adultos com quase 20 quilos. Segundo o engenheiro de pesca, Rozzanno Figueiredo, é difícil comprovar com números a eficiência do trabalho de peixamento, mas os relatos de pescadores são animadores. “ainda não temos base estatística para comprovar se o trabalho surte efeito ou não, mas segundo os pescadores já são encontradas espécies de peixes que há vários anos havia sumido do rio, especialmente dessa parte de baixo da barragem”, afirmou.

Por Rinaldo Lima

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