SERTANEJAS COMEMORAM DIA INTERNACIONAL DA MULHER COM ÁGUA NA PORTA DE CASA

BLOGQSPÁGUAAs mulheres do semiárido pernambucano têm um bom motivo para comemorar o Dia Internacional da Mulher.

No Estado (do Agreste ao Sertão), 39.006 mil famílias estão sendo beneficiadas com a instalação das cisternas de polietileno, por meio do Programa Água para Todos, via Ministério da Integração.

As cisternas captam a água da chuva e permitem o armazenamento de 16 mil litros, garantindo condições para uma família de quatro a cinco pessoas se manter por até nove meses de estiagem. Na região de Lagoa Grande, no Sertão do Estado, a aposentada Antônia Virgïnia da Silva Bezerra, 68 anos, sempre carregou consigo a esperança por dias melhores.

“A água que se tinha para tudo – beber, cozinhar, usar em casa, plantação e animais – era a de um açude aqui perto. Quem chegasse primeiro com sua lata na cabeça tinha mais chances de conseguir levar água para casa. Com as cisternas ninguém tem do que reclamar”, disse a aposentada.

Os reservatórios são fabricados pela Acqualimp e entregues pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Funasa e Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). “O material utilizado na fabricação dos reservatórios é adequado à região. A resina de polietileno somente pode fundir a uma temperatura de 147o C, sendo que na região a temperatura máxima pode oscilar em torno de 50o C em períodos de clima mais severo, o que desmistifica a informação incorreta de que as cisternas derretem no calor do sertão. Além disso, essa é uma tecnologia consolidada internacionalmente e utilizada há mais de duas décadas em países com temperaturas semelhantes ou até mais críticas que as encontradas no Nordeste brasileiro”, explicou Amauri Ramos, diretor da Acqualimp, fabricante dos reservatórios.

EM TEMPO O Programa Água Para Todos pretende entregar até o final deste ano 750 mil cisternas – polietileno e placa – que garantirão água para cerca de 3,75 milhões de pessoas que vivem na área rural. As famílias beneficiadas atenderam aos requisitos estipulados pelo governo federal, por viverem abaixo da linha de pobreza extrema e conviverem com as duras consequências da seca – uma das mais severas dos últimos 50 anos.

ASCOM

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