A qualificação e ampliação do acesso do agricultor familiar às políticas públicas setoriais são os principais desafios para a universalização do serviço de assistência técnica na Bahia, alcançando todos os 26 territórios de identidade do Estado e os 553 assentamentos do Incra. A questão foi destacada pelo superintendente de Agricultura Familiar da Seagri, (Suaf), Wilson Dias, ao participar na manhã desta segunda-feira de audiência pública na Assembléia Legislativa, proposta pela deputado Marcelino Galo para debater o projeto de sua autoria que institui a Política Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar (Peater) e o Programa Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar (Proater).
Para Wilson Dias, o projeto tem caráter educativo e transformador, buscando um modelo de desenvolvimento social justo, solidário e com sustentabilidade ambiental. Ele destaca que a meta é de disponibilizar um técnico agrícola para atender de 80 a 120 famílias. “O foco será na família e não nos produtos. Vamos disponibilizar tecnologias de fácil absorção e uso, priorizando o segmento alimentar e a convivência das famílias com os biomas”, afirma Dias.
Ele salienta que o apoio ao associativismo e cooperativismo, a integração da Ater com a pesquisa e o aumento da renda dos produtores são alguns dos objetivos. “Os beneficiários serão agricultores familiares e empreendedores familiares rurais, assentados da reforma agrária, povos indígenas e quilombolas, colonos, meeiros e posseiros, e também agricultores familiares urbanos e periurbarnos”.
O presidente da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Elionaldo de Faro Telles, disse que a previsão é de que 400 mil famílias de agricultores familiares terão assistência técnica e extensão rural na safra 2011/2012. “O objetivo é atender 75% das famílias de agricultores em cada município. Ao alcançarmos esse patamar modificaremos significativamente o PIB em cada região do Estado”, diz Telles. Ele complementa que a EBDA está formalizando um convênio com a CDA – Coordenação de Desenvolvimento Agrícola para atender com ATERs os 553 assentamentos existentes na Bahia.
(Ascom Seagri)