ESCOLA DE SAMBA DE VITÓRIA HOMENAGEIA O SERTÃO

blogqspcarnavalFoi debaixo de chuva que a escola de samba Unidos de Piedade entrou na avenida na madrugada deste domingo (23) para cantar o enredo “Do agreste do sertão de Gonzaga à Lampião – Pernambuco – Histórias de luta, do frevo e do São João”. Mesmo com a chuva, a tradicional escola da Capital não desanimou e empolgou o público com a mistura de samba, frevo e danças típicas do estado pernambucano.

O governador Eduardo Campos, que era esperado pela comunidade para participar do desfile, acabou não aparecendo e desfalcando a agremiação, que esperava tê-lo em um dos carros alegóricos. Embora não tenha trazido um desfile luxuoso, a Piedade fez uma apresentação emocionante, com fantasias caprichadas e riquezas nos detalhes. A ala representando os moradores do sertão emocionou o público presente nas arquibancadas.

Outro ponto alto da apresentação foi a coreografia e a paradinha da bateria. Embalados pelos ritmos do estado do nordeste, os componentes da bateria conseguiram arrancar aplausos daqueles que acompanhavam o carnaval. Durante todo o desfile, a escola trouxe para a avenida vários personagens da cultura pernambucana, entre eles, Luiz Gonzaga e Lampião. As cidades de Petrolina e Juazeiro também foram lembradas no enredo. A chuva deu uma trégua e a Piedade seguiu seu desfile com muito colorido e emoção. A apresentação foi encerrada com um carro alegórico simbolizando o frevo, tradicional ritmo daquele estado. Ao todo, a escola levou para a avenida mais de 1,6 mil integrantes entre 21 alas e quatro carros alegóricos.

Do Agreste do Sertão de Gonzaga à Lampião – PERNAMBURCO – Histórias de luta, do Frevo e do São João”

Compositores: Lourival das Neves, Lucianinho do Cavaco, Marquinhos Gente Bamba, Sérgio Indio e Gibson Intérprete: Marquinhos Gente Bamba

“ Tem frevo, maracatu, festa de São João Anarriê! Alevantu! Amor não se avexe não! Meu Padim Ciço hoje eu tô botando fé Tem baião de Gonzagão… vou cair no arrasta pé A poeira vai subir na avenida Até o dia clarear com ”A mais Querida” O Menestrel em seu cordel Fala de um lugar sem par Seu moço olha aí, no mundo nunca vi Tudo é de encantar Beleza divinal, riqueza cultural Quanta gente boa Mais uma canção, em sua exaltação A “Piedade” entoa Foi lá que Lampião cabra da peste arretado Viveu com a flor mais bonita do cangaço Histórias de amor, de lutas e assombração São contadas do Agreste ao Sertão Olinda menina Juazeiro e Petrolina fazem o coração pular No largo da pitombeira Muitos beijam a noite inteira com o galo a cantar No Alto da Compadecida Essa terra tão sofrida vem se revelar Bumba meu boi, meu boi bumbá Bonecos de ”Vitalino” são brincantes no olhar Oh! Terezinha em cores na telinha Na Asa Branca queria vê-la voltar O sol, a chuva, os luares Zumbi dos Palmares… quanta emoção! Nesses versos de alegria A seca e a miséria entistece este chão É “Pernambuco” a inspiração.”

Do Folha Vitória

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