Mariana Almeida, Pernambuco 247
A geração de energia térmica superou a de energia hidrelétrica no Nordeste no acumulado do mês de fevereiro deste ano. De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a eletricidade proveniente das usinas termelétricas representaram mais de 50% da energia produzida na região. As altas temperaturas e a estiagem que assola o Nordeste – considerada a pior dos últimos 50 anos – são os principais motivos para a redução da produção nas usinas hidrelétricas da Região.
No período acumulado entre os dias 1 e 18 de fevereiro, a produção de energia térmica e hidrelétrica no Nordeste foi de 3.116 Giga-watt hora (GWH). Desse montante, 1.617 GWh vieram das usinas termelétricas, contra 1.499 GWH provenientes das usinas hidrelétricas. No acumulado do ano, porém, a geração de energia térmica e hidráulica estiveram praticamente empatadas, registrando, respectivamente, 4.225 GWh e 4.252 GWh.
A maior participação das usinas termelétricas na produção de eletricidade poderá fazer com que os custos de energia fiquem maiores no início do ano, uma vez o índice de chuvas costuma ser maior nesta época, ajudando a aumentar o volume dos reservatórios das hidrelétricas, que produzem uma energia mais barata. Entretanto, apesar do crescimento do uso da energia térmica, o total produzido no Nordeste não têm sido suficiente para atender a demanda da Região, sendo necessário trazer o volume restante das hidrelétricas da Região Norte.
Atualmente, dentre os reservatórios do Nordeste, apenas o de Sobradinho atua com mais de 50% da capacidade, com 52,65%. Os reservatórios de Três Marias e Itaparica operam, respectivamente, 23,14% e 29,47% da capacidade. Os altos volumes do reservatório de Sobradinho remete aos altos índices pluviométricos registrados em dezembro na região do Alto do São Francisco, especialmente onde o reservatório está localizado.