Por Mirella Araújo/Da Folha de Pernambuco
A presidente Dilma Rousseff (PT), além de firmar alianças políticas “conservadoras” e que não mostram mais resultados e nem possuem fôlego para acompanhar as demandas da população, também não soube dar continuidade ao legado do seu mentor político, o ex-presidente Lula (PT).
Pelo menos é o que afirma o governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB). Para o socialista, a presidente “frustrou as expectativas daqueles que esperavam a ampliação das conquistas que Lula deixou para o País”.
“Nós, no primeiro momento, vimos com grande entusiasmo que o governo saberia pegar as conquistas de Lula e ir adiante, como ele soube fazer com Fernando Henrique (PSDB). Ele não só preservou como ampliou o crédito, programas importantes como o Bolsa Família para 14 milhões de pessoas, ampliação do ensino técnico e outras séries de iniciativas na economia, na área social. Avanços importantes, inclusive, para o Nordeste”, declarou Campos, em entrevista à Rádio Jornal.
De acordo com o governador, pelo fato de a petista não vir “naturalmente pelos caminhos da política”, esperava-se que pudesse ter um olhar mais estratégico, de longo prazo e, acima de tudo, institucionalizar o legado petista. “Na política se reclamou sempre da falta de debate, de entendimento. Na economia, a crise de expectativa perdeu conceitos internamente e externamente, e pudemos ver isso com o pibinho de 2012 e o crescimento abaixo da metade, se compararmos os últimos três anos. Isso tudo coloca em risco estas conquistas”, criticou.
Sobre o prazo dado pelo ex-ministro da Integração Fernando Bezerra Coelho (PSB) de que o presidenciável estaria lançando sua candidatura a presidente da República em fevereiro de 2014, Campos afirmou que essa questão não é resolvida de maneira simples, mas não desmentiu o período. Com o projeto nacional definido, o cenário estadual começará a ser solucionado em janeiro. “Não vamos escolher o melhor candidato, mas o melhor para ser governador do Estado, para garantir tudo que foi feito”, afirmou o governador.