De acordo com a revista Exame, apesar de “acreditar cada vez mais” na adoção de um discurso oposicionista pelo pessebista durante o pleito do próximo ano, os membros do PSDB ainda apresentam receio acerca das atitudes que possam ser tomadas pelos pessebistas no que diz respeito a um eventual segundo turno.
Segundo Aécio, o sentimento de mudança da população se origina em grande parte devido à fadiga após 12 anos de administração petista. O tucano avaliou a oposição como “bem colocada” nas pesquisas de intenção de voto até o final de 2013. De acordo com as últimas pesquisas do Instituto Datafolha, Aécio possui 19% dos votos e Campos 11%, enquanto Dilma aparece com 47% das intenções de voto.
De acordo com Aécio, a desigualdade de tempo na mídia, a força de propaganda do governo e o tempo restante até o acontecimento das eleições impedem um crescimento alto da oposição. Entretanto, segundo o parlamentar, a situação deve mudar em abril do próximo ano, prazo final para o período de desincompatibilização dos candidatos às eleições e quando as chapas devem ficar mais definidas.
Com a possibilidade de uma aliança entre o PSB e o PSDB em diversos palanques estaduais do próximo ano, Campos e Aécio podem se juntar também num segundo turno das eleições presidenciais como uma instância de oposição à candidatura para a reeleição da presidente Dilma. Aécio, entretanto, não demonstrou confiança plena por parte das atitudes dos socialistas.
O tema já havia sido pontuado pelo deputado estadual Daniel Coelho (PSDB-PE), responsável pela organização da agenda do PSDB acerca da sustentabilidade. Durante entrevista ao Pernambuco 247, Daniel afirmou que “esse acordo [entre o PSDB e o PSB] só será realizado quando ficar claro para o PSDB que o PSB fará oposição à candidatura da presidente Dilma também no segundo turno”.
O presidenciável apontou ainda a realização da Copa do Mundo no Brasil, em junho do próximo ano, como um ponto de virada para alavancar as candidaturas de oposição no Brasil. Foi durante a Copa das Confederações, em 2013, que as principais manifestações brasileiras dos últimos anos começaram a despontar. Entretanto, com a realização do evento no Brasil, a população só deverá prestar atenção no debate eleitoral entre agosto e setembro, causando, na prática, um período de campanha eleitoral relativamente curto para o avanço da oposição, que possui um montante de 30% das intenções de voto – 17% a menos do que a presidente Dilma.
Confira aqui a matéria publicada pela Exame.