Acabou neste sábado (23) a 19.ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 19), realizada em Varsóvia, Polônia.
As negociações duraram duas semanas e o acordo entre os países participantes promete “todos os esforços para apresentar”, até março de 2015, “contribuições nacionais” para a redução das emissões de gases com efeito de estufa”. Estas terão de ser consistentes com o objetivo de limitar o aumento da temperatura global até 2020.
Os países decidiram também intensificar a preparação interna das contribuições para o acordo de Paris, que deve ser fechado no primeiro trimestre de 2015 e entraria em vigor a partir de 2020. Um dia antes do término do evento, ONGs e grupos ambientalistas decidiram se retirar da COP19 por não reconhecer ali nenhum avanço para o debate climático.
Segundo Christiana Figueres, Secretária Executiva da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança Climáticas ( UNFCCC), “eventos climáticos extremos são cada vez mais comuns e os países pobres e vulneráveis já estão pagando o preço.” Para ela: “os governos e nações mais desenvolvidas devem voltar a fazer a lição de casa para que possam colocar seus planos em cima da mesa durante a Conferência de Paris “.
A conferência também decidiu estabelecer um mecanismo internacional para proteger populações mais vulneráveis contra perdas e danos causados por eventos climáticos extremos como o tufão nas Filipinas.
O mecanismo obrigaria as nações mais ricas a a financiar países que já sofrem com os efeitos da mudança climática e deve funcionar a partir do ano que vem. Além das vítimas de desastres, o financiamento deve proteger as vítimas dos chamados eventos de início lento, como a elevação do nível do mar.