DIRETO DE CURAÇÁ

COORDENADORA DA APLB REBATE CRÍTICA DE PREFEITO E LEVA CASO AO CONHECIMENTO DA REGIONAL

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Na última quarta-feira (23), professores da Rede Municipal de Ensino de Curaçá (BA) paralisaram as atividades, alegando que não foram atendidas as reivindicações negociada com a Secretaria de Educação. Em virtude de denúncias contra o Governo Municipal, os professores fizeram um ‘apitaço’ na frente da prefeitura e da Secretaria de Educação.

A coordenadora da APLB-Sindicato, Núcleo de Curaçá, Luzia França Dantas veio a público manifestar a insatisfação dos professores do município ao longo desses 10 meses de 2013 . “Paralisamos dia 23, e fomos surpreendidos quando ela colocou na cidade, um carro de som anunciando que eram para os alunos irem pra escola, que teria aula normal. Os professores diante disso se revoltaram com o desrespeito da gestora, sabendo que os professores estavam em assembleia discutindo as questões da Educação em Curaçá, que estão sendo gritantes, e se revoltaram e foram as ruas para mostrar a sociedade que de fato estavam paralisados, e que querem discutir esses problemas”, relatou Luzia.

Repressão

Segundo a coordenadora, o prefeito tinha decretado ponto facultativo na sexta (25), mas a secretária de educação do município , Elaine Franco teria ido às escolas e ameaçado os professores com o corte do ponto. “A gente ainda não tinha decretado greve, foi uma paralisação de alerta, no dia 24 enviamos ofício informando que a partir do dia 28 se não houvesse negociação favorável com a categoria nós estaríamos entrando em processo de greve. Dia 25 a secretária intimidou, não sabemos se vai cumprir, mas a ordem para os diretores foi que cortasse o ponto, sendo que era ponto facultativo decretado pelo prefeito”, contou a coordenadora, que informou ainda que a secretária teria solicitado que os professores trabalhassem no dia do servidor público, “no dia de feriado nacional, os professores não foram porque estavam em greve, mas os servidores de apoio foram trabalhar com medo da perseguição. É bom que se registre, que extrapole Curaçá para que as pessoas tomem conhecimento, que coisas desse tipo, que para a gestão pareça insignificante, isso representa muito para uma categoria que conhece seus direitos. É uma agressão que a gente vem sofrendo por parte da gestão”, relata.

Carne comprada não chega as escolas

Dos dias 1 a 4 de novembro vai ocorrer a formação das comissões nas escolas e no dia 5 de novembro terá uma nova assembleia para decidir se a categoria mantém a greve ou se retornam as atividades. “Em Curaçá falta merenda escolar, o aluno tem merenda repetida várias vezes, e o município tem carne de bode comprada a RS 25,00 o quilo, e na maioria das escolas não chegou. Essa carne foi comprada com recurso da alimentação escolar, e quando isso é feito tem que destinar a todas as unidades. Na maioria delas, os professores afirmam que não recebeu carne de bode, como Riacho Seco e Barro Vermelho.”

Polêmica

A Coordenadora rebateu as críticas do prefeito do município, Carlos Brandão, que em entrevista ao Ação Popular , disse que o movimento não era da APLB e sim de um grupo político. “Eu não tenho filiação partidária, embora tenha minha posição política bem definida, estou à frente da APLB e nossa intenção foi primar pelo diálogo, pela negociação, nós somos profissionais e estamos representando o sindicato aonde a gente está presenciando tudo isso e não podemos fechar os olhos pra essa situação. A APLB defende a política da Educação”, respondeu.

Funcionários em atraso

A coordenadora informou que estão aguardando o advogado para enviar as denúncias ao Ministério Público “Vamos fazer uma representação junto ao Ministério Público, porque a situação é crítica em relação a aplicação dos recursos da merenda escolar e aplicação dos recurso do FUNDEB, temos servidores contratados que estão com salários três meses em atraso. Não dá mais para ficar esperando que a Administração Municipal tenha bom senso”, finalizou Luzia.

Em contato com a reportagem do AP o diretor regional da ALPB, Antonio Carlos dos Santos, evitou fazer comentários sobre as denuncias antes que a assessoria jurídica do sindicato analise o fato.

Inúmeras denuncias:

• Superfaturamento nas compras da merenda escolar;

• Superfaturamento na contratação da empresa que é responsável pelo transporte escolar;

• Falta de cadeiras para alunos e professores;

• Acumulo de trabalhos na comissão de Gestão do Plano de Carreira do Magistério, a qual a secretária da pasta é a presidente, e, no entanto por mais que tivéssemos solicitado, que a mesma desse andamento nos trabalhos da comissão, hoje nós encontramos na eminencia de sermos prejudicados com uma gratificação que vai de 5% a 15%, a depender do desempenho do profissional, porque a secretaria de educação ainda não realizou a avaliação profissional dos mesmos; Além de acumular prejuízos com relação a mudanças de classe e de nível.

• Merenda que é servida com muita frequência (suco com biscoito)

• Falta de merenda em algumas escolas do interior do município

• Frequência irregular dos alunos às aulas alegando falta de transporte escolar, visto que além de alguns transportadores faltarem e não colocarem substitutos, ainda paralisaram em algumas localidades por falta de pagamento;

• Não Correção do Piso do Magistério;

• Constantes quebras de acordos firmados com o Sindicato

• Início tardio do ano letivo, o que poderá implicar no descumprimento dos 200 dias letivos;

pais de alunos sendo ameaçados de perder o cartão Bolsa Família, do Governo Federal, caso os filhos não compareçam as aulas no dia de paralisação.

Até o fechamento desta matéria tentamos contato com o prefeito Carlos Brandão e com a secretária de educação, Elaine Franco e não conseguiu.

Do Ação Popular

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