Homenagem à João codinome “Barracão”

Há exatamente cento e dezesseis anos atrás, numa quinta- feira dia 28 de Agosto de 1895 nascia João Ferreira da Silva o “Coronel João Barracão.
Natural da antiga Vila Nova da Rainha, hoje Senhor do Bonfim, Bahia, veio fixar residência nesta cidade de Petrolina, Pernambuco em 1920 galgando desde então um crescimento pessoal e social cheio de virtudes perante a sociedade petrolinense.

Homem simples, filho de pequenos agricultores, recebeu este codinome “Barracão” quando solteiro, trabalhando numa barraca fornecendo alimentação aos trabalhadores da construção da estrada de ferro “Leste Brasileira”. Desde cedo, João Barracão trabalhou como agricultor auxiliando na renda familiar da casa.

Casou-se em 1921 aos vinte e seis anos com Dona Maria Magdalena de Sá, filha de um dos homens mais prósperos e ilustres da terra, o Coronel Antonio Gomes de Sá.

Um casal extremamente amoroso cuja característica principal era a humildade, cumplicidade e a preocupação social com as pessoas. O Coronel João Barracão era amigo de todos e principalmente dos pobres.

Comerciante, latifundiário, fazendeiro e proprietário da Farmácia Santa Terezinha, posições adquiridas numa trajetória de muito trabalho e humildade perante todos.

Das nove fazendas que possuía, a Fazenda Tapuio era a mais importante por ser a Fazenda Sede em que Dona Magdalena e seu João Barracão viram nascerem os filhos, netos e bisnetos. Católicos praticantes e muito religiosos, todo mês de Março eram realizados festas em homenagem ao santo padroeiro da fazenda, São José, sendo que no último domingo do mês eram realizados batizados coletivos em que o casal convidava as pessoas mais humildes unindo a fé e a prática social de um bom cristão para com o próximo com muita alegria.

Foi eleito prefeito no período de 1947 a 1951 fazendo inúmeras realizações, não tantos como gostaria por não possuir apoio necessário, mas mesmo assim, lançava mão de recursos próprios para que as obras fossem feitas.

Em sua residência, localizada na Rua Souza Filho recebia desde o mais simples as mais altas autoridades políticas e religiosas. Na mesa principal da casa acolhia a todos sem distinção de classe social. Era um homem extremamente preocupado com as pessoas. Humano, piedoso, conciliador, mas que sabia exercer seu papel de líder com muita maestria.

Nesta justa homenagem, não podemos jamais esquecer esta grande figura humana, este grande líder político que atuou nas décadas de quarenta a sessenta em nossa cidade que, juntamente com João Barracão, está fazendo cento e dezesseis anos de História deixando saudades e boas recordações para todos aqueles que conheceram o grande “pai dos pobres.”

 

 

*Ana Lucia Granja de Souza
Pesquisadora e Historiadora


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