Soldado: Profissão de fé

 

Walterlino Pimentel

Ser soldado é uma profissão de fé. A grande maioria dos militares, quando ingressa na carreira, não é levada por nenhum outro motivo que não o de servir à pátria. Os vínculos que os prendem ao seu país e à sua gente são de tamanha profundidade que, para eles, o ato de ser soldado vai muito além de simplesmente vestir uma farda e cumprir com as obrigações militares. O soldado tem no seu elenco de valores um profundo sentimento de interação com a pátria, que é essencialmente dinâmico e começa no compromisso de colocar todo seu potencial intelectual e físico inteiramente ao serviço dela, culminando com o juramento solene de defendê-la com o sacrifício da própria vida.

É uma relação muitas vezes não compreendida por integrantes de outros segmentos da sociedade, principalmente nos momentos de crise da nação, quando o compromisso de lealdade do soldado para com os destinos de sua pátria atinge a sublimação, para o bem ou para o mal de ambos. Engana-se quem pensa que o soldado, quando passa à inatividade, livra-se das servidões da sua profissão, abandona seus valores, sente-se descompromissado com o solene juramento que fez quando ainda jovem. Ao contrário, a simbologia da farda, expressa no ato de servir à pátria, continua presente no seu estado de espírito, como uma segunda pele a acompanhá-lo até a morte.

     Jamais um soldado assistirá impassível a sua pátria ser vilipendiada e humilhada. Mesmo açoitado pelo tempo, carcomido pela idade, fragilizado fisicamente, mesmo sem poder expressar a sua inconformidade, ele será sempre parte do solo, dos rios, das florestas, do povo de seu país e seu coração será o primeiro e o último a chorar por ele.


 O compromisso de servir à pátria é uma chama viva que arde no peito de cada soldado, não importa a idade. Para defendê-la nos momentos de perigo não é preciso que ele seja convocado. Atender ao chamado da pátria faz parte de um compromisso solene que o soldado assumiu na oportunidade em que a vocação lhe mostrou o caminho da carreira das armas.

 

Enviado por Valterlino Pimentel ( pinguim)

 

 

 

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