Diretor de Pecuária da EBDA concede entrevista ao vivo e anuncia fomento de palma na região

O diretor de Pecuária da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrário (EBDA), Marcelo Matos está na região para participar do Semiárido Show e para negociar a transferência de tecnologias para o semiárido nordestino, junto ao laboratório da Embrapa, que fomentem a produção de palma em laboratório, através da cultura intensiva.

Durante a entrevista Matos frisou que é preciso garantir a todo agricultor uma reserva de alimento para que ele continue produzindo em períodos longos de estiagem. Destacou também a importância do Programa de Melhoramento Genético em tempo fixo para a região, e que a EBDA está em processo de estudo  para a implantação de unidades didáticas nos municípios do semiárido e que ao todo serão instalados cerca de 300. Matos também anunciou, que brevemente será implantada em Feira de Santana a Biofábrica de Mudas de Palmas e depois será estendida a outras cidades da Bahia. 

Produção de Palmas

A implantação de tecnologias é para incentivar  o plantio de espécies resistentes a cochonilha do carmim, praga que agride plantios, principalmente a palma forrageira, e é grande responsável por dizimar plantações em todo o Nordeste do Estado da Bahia, que são usadas na alimentação dos rebanhos bovinos, caprinos, ovinos. “Felizmente essa praga ainda não chegou à Bahia, devido as barreiras sanitárias feitas nas fronteiras para impedir a entrada do inseto”, comentou Matos, declarando que apesar dos cuidados é possível que a praga chegue a região em decorrência da dimensão territorial do Estado e por isso estão sendo elaboradas ações preventivas para evitar conseqüências negativas aos agricultores da região. Uma dessas ações é a fomentação da palma transgênica. “Queremos preparar os agricultores para que eles tenham uma planta resistente caso seja necessário substituir a planta suscetível a cochonilha do carmim”, explica.

Quatro variedades das espécies de palmas serão disponibilizadas para a população agrícola, entre elas, a orelha de elefante e a palma doce ou palma miúda, a mais rica em açúcar e em carboidrato, bem como abastada de matéria seca, por este motivo a mais recomendada para criações leiteiras. A última apesar de ser mais nutritiva é menos resistente a períodos de secas e mais aptas às regiões chuvosas. Em decorrência das variações climáticas, as espécies mais utilizadas na região de sequeiros são as palmas gigantes e orelha de onça, porém estas espécies, explica Matos, são suscetíveis a praga. “Nós temos que ter materiais apropriados às mais diversas regiões da Bahia para assegurar a segurança alimentar do rebanho”, frisou.  

Matos assegura ainda, que está sendo criado um Programa de Segurança Alimentar para o rebanho da agricultura familiar do semiárido baiano. “Nossa proposta é que todo o agricultor familiar tenha uma reserva de alimentos suficiente para alimentar o rebanho no período mínimo de seis meses, através de silagem, conservação de forragem, fenação e principalmente  através da produção de palma”, ressalva.

Por Mônia Ramos


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