Por Marcelo Montanini/Folha de Pernambuco
A um dia de entregar o comando do Ministério da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB) realizou um périplo por Pernambuco. Na agenda, Flores, Recife, Caruaru e Petrolina, ao todo, 1.030 quilômetros percorridos, em pouco mais de 24 horas. Cotado como um dos possíveis candidatos ao Governo Estadual, o socialista desconversou sobre quais seriam seus próximos passos. “Nós vamos dar tempo ao tempo. O partido está se organizando para este debate. Eduardo (Campos) já tem colocado e reiterado que qualquer decisão em relação à sucessão seja presidencial ou estadual só será tratada em 2014”, afirmou o socialista.
Apesar de comedido nas palavras, Bezerra não se poupou nas aparições. Após cumprir agenda em João Pessoa, na Paraíba, o ministro inaugurou e visitou, anteontem, a Adutora do Pajeú, no trecho Calumbi/Flores, no Sertão pernambucano. Ontem, o socialista assinou, na Prefeitura do Recife, o convênio entre o Governo Federal e a PCR para revitalização do Mercado de Afogados. De lá, seguiu às pressas para Caruaru, no Agreste, onde assinou um convênio entre o ministério e a Prefeitura para a execução das obras de estradas vicinais.
Posteriormente, em Petrolina – cidade natal e maior reduto eleitoral dele -, Bezerra visitou a estrada em construção que liga a vila do Projeto Maria Tereza ao Projeto Pontal; inaugurou o Centro de Manutenção do Perímetro de Irrigação Nilo Coelho e Maria Tereza; assinou ordem de serviço do projeto de mudança dos Sistemas de Irrigação de Bebedouro; anunciou mais obras nos projetos de Irrigação; e, por fim, seguiu para o assentamento do Alto da Areia, na Divisa de Petrolina e Lagoa Grande, no São Francisco, onde inaugurou o Sistema Adutor de Cristália.
Bezerra Coelho deve entregar hoje o comando da pasta à presidente Dilma Rousseff (PT). A presidente havia pedido ao socialista que ficasse no cargo até, ao menos, ela retornar de Nova Iorque, nos Estados Unidos, o que ocorreu na madrugada de ontem pela madrugada. Ontem, ele rechaçou a possibilidade de permanecer no cargo. “O partido decidiu e eu estou me despedindo”, afirmou o socialista.
Sobre a saída dos irmãos Cid e Ciro Gomes e do prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, da legenda, o ministro avaliou como natural. “No Ceará e Rio de Janeiro, outros companheiros estão chegando para ocupar postos no partido e, portanto, é vida nova e bola para frente”, projetou.