‘Feminino Cangaço’, esse é o tema do filme dos cineastas da capital baiana, Salvador, Manoel Neto e Lucas Viana, que foi exibido ontem (27) no Centro de Cultura João Gilberto, após o filme houve um debate sobre a temática com os dois diretores. O documentário traz depoimento de familiares de cangaceiros, historiadores, é rico em arquivos de entrevistas com as próprias cangaceiras, além de ser recheado de imagens do tempo do cangaço.
Em entrevista ao programa Bastidores da notícia, veiculado na rádio TropicalSat, o diretor Manoel Neto destacou que é necessário entender a participação da mulher junto a história. “É um mergulho nesse universo tão atrativo e sedutor do cagaço que ocorreu no Brasil. A gente tem muito mais que ver, entender e conhecer a participação da mulher que é um marco na história do cangaço”, destacou
O diretor Lucas Viana, destacou que a mulher não servia apenas para bordar, mas também era companheira do cangaceiro, além de modificar o cotidiano do cangaço.
É importante ressaltar que o filme traz as controvérsias de diversos historiadores e não tenta trazer uma verdade, mas expor as divergências para o leitor. “O filme não quer estabelecer verdades, mas juntar vertentes e abrir um debate para o assunto”, destacou Lucas.
Ele ressaltou ainda a importância do estudo da temática. “Independentemente de ser violento ou não, é necessário reconhecer que foi um marco na cultura brasileira”, destacou.
Cinema no centro de Cultura João Gilberto
Todas as terças-feiras, às 19h, o teatro do Centro de Cultura João Gilberto transforma-se em cinema. O Projeto ‘Terças na tela’, é uma idealização da Secretária de Cultura da Bahia que a cada mês escolhe uma temática para exibição de filmes.
Por Clêilma Souza/ Foto: Elson Campos