FILÓSOFA COMPARA MÉTODOS DOS BLACK BLOCKS AO FASCISMO

Filósofa compara métodos dos black blocks ao fascismo
A filósofa Marilena Chauí comparou as táticas dos black blocks ao fascismo, em palestra na Academia da Polícia Militar do Rio de Janeiro. O grupo, que afirma ter inspirações anarquistas, tem promovido a depredação do patrimônio público e privado durante protestos.
Segundo Chauí, os indivíduos em questão têm como foco o ataque a indivíduos e não apresentam um plano de organização social futuro, em substituição à estrutura social vigente. “Temos três formas de se colocar. Coloco os ‘blacks’ na fascista. Não é anarquismo, embora se apresentem assim. Porque, no caso do anarquista, o outro [indivíduo] nunca é seu alvo. Com os ‘blacks’, as outras pessoas são o alvo, tanto quanto as coisas”, defendeu a filósofa, professora da USP e doutora honoris causa pela Universidade de Paris.
Ao comparar as manifestações de junho aos protestos de maio de 1968, na França, Chauí opinou não haver semelhança alguma entre os atos. “O grande lema [em 1968] era: é proibido proibir porque nós somos contra todas as formas de poder. Não se reivindicou nada. […] As manifestações de junho não disseram ‘não’ a coisa nenhuma. Eles se dirigiram ao poder, ao Estado e pediram diminuição da tarifa, mais verba para educação, saúde, CPIs e auditorias contra a corrupção e contra a Copa. Fizeram demandas institucionais ao poder”, declarou. Informações da Folha.

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