TÉCNICOS DA MOSCAMED REALIZAM PALESTRA PARA OS AGENTES DE SAÚDE E ENDEMIAS DE JACOBINA

BLOGQSP.MOSCAMEDAgentes de Saúde e Endemias de Jacobina participaram na última semana de uma palestra realizada por técnicas da biofábrica Moscamed com o objetivo de conhecerem mais sobre o Projeto Aedes Transgênico – PAT, a produção e liberação dos mosquitos machos do Aedes transgênico, espécie desenvolvida pela empresa inglesa OXITEC.

Foi pactuada com os agentes, a divulgação junto à população sobre as atividades de controle e supressão populacional do mosquito exercidas pela Moscamed. O encontro teve o objetivo de fortalecer a parceria com os agentes que estão mais próximos, e podem informar à população sobre a importância da execução do projeto no município.

O projeto Aedes Transgênico criado em 2011 foi implantado em Juazeiro e obteve resultados positivos no controle populacional do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão do vírus Dengue, um dos maiores problemas endêmicos do mundo.

De acordo com informações da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 50 a 100 milhões de pessoas no mundo são infectadas pela dengue e ocorrem mais de 12.000 mortes por ano.

A palestra foi realizada no Centro Cultural de Jacobina e contou com a participação de 72 agentes de endemias e de saúde. As liberações em Jacobina tiveram inicio no dia 10 de junho com os testes de condições climáticas e geográficas, mas oficialmente os mosquitos machos foram liberados no dia 18 de junho, num total de 500 mil por semana.

“Muitas vezes não entendemos as diferenças entre o mosquito transmissor da dengue (Aedes aegypti) e a conhecida muriçoca (Culex quinquefasciatus), e o que de fato é um transgênico por isso, às vezes as reações de alguns populares são justificadas pela falta de conhecimento”, iniciou a supervisora de produção, Michelle Pedrosa. A bióloga também explicou que os machos do Aedes transgênico carregam um gene letal para sua prole (filhos), a forma de produção da espécie em laboratório e o objetivo do PAT.

Sobre a liberação dos mosquitos machos transgênicos e seu comportamento no campo a supervisora de campo, a bióloga Luiza Garziera informou como o projeto é desenvolvido. “Os mosquitos são liberados em determinada área de acordo com as condições geográficas onde previamente avaliamos sua capacidade de voou, para que toda a área escolhida seja coberta. Liberamos dez vezes mais mosquitos do que o número encontrado no campo, garantindo que a fêmea selvagem copule com o transgênico condenando a própria prole”, explicou.

Durante a palestra também foram informadas as ações de engajamento público que tiveram reinicio em abril deste ano, que informa e envolvem as comunidades que receberão as liberações. Essas ações incluíram palestras, divulgação em rádios, jornais impressos, blogs e sites com representação nacional, estadual e no município além da TV local. “Algumas mídias como carro de som e rádios locais veicularam nos bairros o spot e jingle (mensagem gravada e música tema do projeto) do PAT”, detalhou Carla Santos, Superintendente da Moscamed. No debate promovido após as palestras, os agentes fizeram questionamentos e sugeriram a divulgação do cronograma de atividades de liberação para que eles informem à população.

Iana Lima

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