Odacy joga duro com o PSB, e quer decisão de quem será candidato do partido em Petrolina


Majoritário em Petrolina nas últimas eleições para a Assembleia Legislativa, o deputado e ex-prefeito Odacy Amorim (PSB) está com saudade da “viúva”. Ontem (14), numa longa entrevista ao JC, ele cobrou do partido uma definição até setembro sobre quem será o seu candidato à sucessão do prefeito Júlio Lóssio.

 A data “setembro” é providencial: Odacy tem convite do PT para disputar a prefeitura por esse partido, e se PSB não o quiser como candidato ele vai embora imediatamente. Como é sabido, o prazo para troca de partido para quem quer disputar mandato em 2012 é 6 de outubro deste ano.

Da entrevista do parlamentar, destacam-se os seguintes trechos pela firmeza de posições e a consistência dos argumentos:

O PSB tem que ter “maturidade” para, já agora em setembro, definir qual será o nome que irá disputar a prefeitura.

– Estão no páreo, além dele próprio, os deputados Fernando Filho e Gonzaga Patriota e o secretário de Agricultura Ranilson Ramos.

– É melhor definir isto agora porque, “mesmo que fiquem feridas, haverá tempo para cicatrizar”.

– A oposição de Caruaru já definiu o seu candidato (Miriam Lacerda) e a oposição de Petrolina deve fazer a mesma coisa.

– Ele sabe que o governador Eduardo Campos só quer tratar de eleições no próximo ano, “mas peço uma atenção especial para Petrolina”.

– “Se gostamos do partido e quisermos que ele cresça, tem que sentar à mesa agora”.

– “Se deixar (a escolha) para depois, pode ser que o eleitor não entenda e o candidato que não for escolhido tenha reação (cruze os braços) como na eleição passada”. (Nota do editor: Gonzaga Patriota ganhou a convenção e o grupo de Fernando Bezerra Coelho descarregou em Júlio Lóssio).

– “Eu votei em Gonzaga Patriota (para prefeito) e ele insiste em dizer que eu não votei. Isso não ajuda”.

– O candidato que vier a ser escolhido tem que estar sintonizado com a opinião pública.

– Só entendimento de cúpula não resolve. Na época de Jarbas (governador), o PFL aliou-se a Fernando Bezerra Coelho (então no PPS) mas isso não impediu que Dílson Peixoto (PT) fosse o mais votado lá, para o Senado, nas eleições de 2002.

– “O que não quero é chegar em 2012 sem saber se sou ou não candidato. Deixar essa situação para o ano que vem é fazer projeto amador”.

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