No ultimo sábado, 20, o auditório da CDL, em Juazeiro, ficou lotado pelos comerciantes do Camelódromo e do Terminal de ônibus que, atendendo a um convite do vereador José Carlos Medeiros (PV) e da própria associação, se reuniram para debater a situação do entreposto que está localizado em área privada adquirida pelo empresário Assunção de Maria.
Na reunião, o advogado Paulo Roberto, representando o empresário, informou que o empreendimento do shopping popular pensado para área estava cancelado. O advogado explicou também que área foi, de fato, adquirida pelo empresário em 2006 do espolio da família Campelo e que está na justiça contra o município para que haja um ressarcimento pelo uso do espaço ao longo dos anos.
Medeiros creditou a desistência da construção do empreendimento à luta encampada pelos comerciantes. “Esse recuo foi fruto de nossa luta. O povo venceu! Conseguimos fazer com que o prefeito reconhecesse que sabia do processo desde 2009 e que não tinha chamado a sociedade para o debate. Mas, depois de nossa ação em conjunto com os permissionários, tivemos essa boa noticia que o projeto, por ora, foi suspenso”,comemora.
O vereador disse ainda que, agora, é obrigação da prefeitura lutar com mais ‘garra’ em defesa do patrimônio público da nossa cidade. “Não é o momento de cruzar os braços, pelo contrário. Tem que haver interesse da gestão em batalhar pela conquista da área. Penso que transformar o espaço zona de interesse social é uma saída”, opina.
Mesmo com esse novo cenário, os comerciantes decidiram ficar mobilizados. Segundo o presidente da Associação dos comerciantes do Camelódromo, Antônio Carlos de Souza, As reuniões e mobilizações não vão parar. “Essa é a hora que devemos ficar cada mais unidos, juntos, pois a luta ainda não acabou”. Entre as ações já encaminhadas para que o movimento continue organizado, é o inicio do processo de criação de associação dos comerciantes do Terminal de ônibus.
No retorno dos trabalhos legislativos, Medeiros vai apresentar um requerimento solicitando uma audiência pública para debater o modelo de gestão e as melhorias para os espaços. A demanda foi apontada durante o encontro pelos próprios comerciantes.