* A PRESIDENTE DUTRA
De um ponto estratégico, fico observando a ponte Presidente Dutra. A mesma une duas cidades histórica, integra duas gentes, a de lá e a de cá. Pergunto eu: como foi o processo da sua existência?Como pode suportar diariamente toneladas que vem e vai sobre o seu corpo?Respondendo a primeira interrogação, percebe-se que a ponte passou a existir de uma necessidade, posteriormente alguém a projetou, finalmente depois da maquete, tornou-se real. Fico imaginando como tudo começou: Homens em movimentos frenéticos, o engenheiro civil, o mestre de obra, o armador, o carpinteiro, o pedreiro, ajudantes e outros profissionais no canteiro daquela obra.
Respondendo a segunda indagação, mentalizo que foi minuciosamente construída com muita matemática,integrais,limites e derivada.Cada estrutura no seu lugar, calculada fielmente,seguindo os padrões das normas de segurança física.
O material utilizado: ferro, arame e aço. Com cimento, areia e brita se fez o concreto, bem como outros materiais que desse sustentação, depois de muito trabalho, o esqueleto surg.Evidentemente,hoje,a engenharia da construção civil, avançou muito em tecnologias,de forma que mudou em alguns aspectos a maneira da concretagem.
O que seria de nós se não existisse a ponte?O que seria dos homens e mulheres que transportam cargas, se não fosse a ponte?
Carro vem, carro vai, a nossa querida ponte, balança mas não cai. É tamanha a sua importância mas ela não sabe o bem que faz.
Embora sua estrutura contenha puro aço, a nossa histórica arquitetura estava precisando de uma reforma. Afinal de contas, cada um de nós temos um tempo de vida, só depois de termos passado por algumas fases: a da criança, a da adolescência, e a velhice, esta última já estamos cansados, as carnes flácidas, a força física não é mais a mesma.
A Presidente Dutra também teve seu período jovial, já estava um tanto velha, desgastada e não atendia mais o fluxo de veículos atualmente.
Diante de tais circunstâncias, foi feita uma investigação minuciosa em suas instalações e por conta do aumento do progresso, constatou-se que algo teria que ser feito para minimizar a situação. O trabalho da reconstrução é lento, incomoda e por vezes ficamos chateados pelos constantes engarrafamentos. Daí a nossa dependência dela e a sua importância para todos.Passando por esse processo terá uma aparência inovadora, revitalizada redobrando a sua força para outros tantos anos e permanecendo para sempre a ponte da integração.
Símbolo de força do nosso sertão, orgulho da região do São Francisco; Petrolina e Juazeiro, Bahia e Pernambuco
* Antonio Damião Oliveira da Silva ( damis.oliver@hotmail.com )
Professor de Matemática
Guarda Municipal /Petrolina-PE