FOGO CRUZADO

O ENEM “COMEU” AS VAGAS DA UNIVASF

BLOGQSP.univasfA exemplo do pai, Clementino, e dos irmãos José, Nilo e Osvaldo, o ex-deputado Geraldo Coelho sempre batalhou pela educação no Sertão do São Francisco.

A família foi a grande propulsora do desenvolvimento de Petrolina, usando seu prestígio e força política junto a vários governos para atrair para aquele município faculdades, institutos federais de educação, órgãos públicos de diversas matizes e, para coroar uma luta de décadas, a Universidade Federal do Vale do São Francisco.

Quem viu Petrolina antes da Univasf e, vê-la hoje, nota a diferença para melhor. Uma cidade pujante, progressista, cheia de vida, com 20 faculdades numa Universidade Federal que, apesar de ainda jovem, já é considerada uma das melhores do Brasil, graças à excelência do seu corpo docente.

Apesar disso, assinala o ex-deputado Geraldo Coelho, a Universidade que foi criada para receber os jovens do Vale está sendo “invadida” por estudantes de outras regiões, por culpa do Enem. Ele considera “incoerência” o Ministério da Educação incorporar o Enem às universidades públicas do interior, em substituição ao “velho e bom” vestibular, porque as vagas que seriam destinadas aos nativos estão sendo ocupadas por “forasteiros”.

No caso da Univasf, disse ele, das 100 vagas para o curso de Medicina que foram oferecidas em 2012, apenas 22 foram preenchidas por jovens da região. As 78 restantes, graças ao Enem, ficaram com pessoas que não são de lá.

Inaldo Sampaio

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