Por meio de nota, a Abrade se pronunciou e deixou sua “profunda preocupação e solidariedade às vítimas e familiares”, após a confirmação dos casos de intoxicação, onde foram registradas duas mortes, por ingestão de metanol misturado a bebidas adulteradas.
Segundo a Agência Brasil, os casos foram constatados em São Bernardo do Campo e na capital paulista.Desde junho, foram obtidos seis casos de intoxicação pela substância no estado. De acordo com a reportagem, o Centro de Vigilância Sanitária (CVS) comunicou que, atualmente, há outros dez casos em investigação com suspeita de intoxicação depois de consumo de bebida contaminada, na capital paulista.
“A Abrabe reitera o compromisso com a proteção do consumidor e com a defesa do mercado legal, seguro e responsável e seguirá contribuindo com os Governos Federal e Estadual para proteção da população”, diz a entidade, por meio de nota.
Já a Associação Brasileira de Neuro-oftalmologia alertou a respeito dos riscos do consumo de metanol em causar neuropatia óptica, “uma doença grave que pode causar perda de visão irreversível”. A associação, por meio de nota enviada à Agência Brasil, afirmou que podem surgir sintomas de intoxicação como “dor de cabeça, náuseas, vômitos, dor abdominal, confusão mental e, principalmente, visão turva repentina ou até cegueira.”
O CASO
Uma mulher (foto) de 36 anos perdeu a visão após consumir caipirinhas em um bar de uma região nobre de São Paulo. A declaração da design de interiores chega em meio a casos confirmados de intoxicação por metanol no estado.
A substância foi associada a outros episódios recentes envolvendo bebidas adulteradas na capital paulista. Segundo O GLOBO, Rhadarani Domingos afirmou que ingeriu três caipirinhas de frutas vermelhas com maracujá e vodka durante a comemoração do aniversário de uma amiga, no dia 19 de setembro.
De acordo com a design, as bebidas não tinham nenhum sabor estranho que pudesse indicar adulteração. No entanto, poucas horas depois, ela começou a passar mal e foi internada em estado grave. Familiares afirmaram que ela foi levada para a UTI, onde convulsionou e precisou ser entubada no último dia 21.
Rhadarani revelou em entrevista ao Fantástico que não consegue enxergar nada desde a intoxicação e segue internada na UTI.
“As bebidas causaram um estrago bem grande. Eu não estou enxergando nada”, disse.
A família dela agora busca tratamentos para amenizar os danos enfrentados por ela.