Euvaldo de Figueiredo Aragão, primeiro historiador de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, morreu na terça-feira (26), aos 90 anos, em decorrência de um infarto. O velório foi realizado nesta quinta-feira (28), na casa onde ele morava, na Rua Doutor Júlio de Melo, nº 246, Centro. O sepultamento aconteceu no Cemitério Campo das Flores, no Centro.
Em 2014, aos 79 anos, Euvaldo participou de uma matéria do g1, em comemoração aos 119 de Petrolina. Nascido e criado no município, ele contou que, apesar da formação como agrônomo, alimentava com lucidez a história da sua cidade natal.
“A área que hoje é Petrolina era chamada ‘Passagem de Juazeiro’ no século 19. Os tropeiros vinham de outras cidades e acabavam passando pela vila para vender materiais do campo. Quando a população se estabeleceu foi em 1854 e começaram a usar o nome de Petrolina”, disse Euvaldo.
Curioso pela história, Euvaldo relatou, nos documentos da época que encontrou o termo ‘Passagem de Petrolina’.
“Aqui nessa região tinha pessoas que eram procuradores do fisco, e algumas dessas pessoas escreviam desta forma no documento. Petrolina pertenceu a Santa Maria da Boa Vista até 1872”, destacou.
Quanto ao dia 21 de setembro ser comemorado o aniversário da cidade, ele contou que a lei que validava a criação da cidade era de setembro e data foi “A lei é de julho, mas o governo provincial resolveu a elevar a categoria de cidade, a ata é 25 de setembro de 1895. Mas a data que escolheram ao foro de cidade foi 21 de Setembro”.