Como revelou o Jornal do Commercio, o diretor da unidade prisional, Alessandro Barbosa Martins de Souza, além dos policiais penais Ronildo Barbosa dos Santos, Ricardo Borges da Silva, Vinícius Diego Souza Colares, Rivelino Rufino de Carvalho e Cledson Gonçalves de Oliveira, foram os principais alvos da Operação Publicanos, deflagrada na última terça-feira (19).
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na penitenciária e nas casas dos suspeitos. Em um dos imóveis, uma grande quantidade de armas de fogo também foi encontrada e encaminhada para perícia no Recife.
A operação, resultado de investigação da Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária e do Grupo de Operações Especiais (GOE), mira uma organização criminosa voltada à prática de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e introdução de aparelho telefônico de comunicação móvel em presídio. Esquema bem semelhante ao descoberto no Presídio de Igarassu, no Grande Recife, no começo do ano.
O inquérito sobre a corrupção na penitenciária está correndo sob sigilo. A Primeira Vara Criminal da Comarca de Petrolina determinou o afastamento das funções de todos os servidores investigados.
Em paralelo, portaria da Corregedoria da SDS, publicada neste sábado (23), instaurou um processo administrativo disciplinar (PAD) em desfavor do diretor e dos cinco policiais penais investigados. Não há prazo para conclusão, mas ao final a punição pode resultar na demissão deles.
Em nota à imprensa, na terça-feira, a assessoria da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) declarou apenas que “não compactua com quaisquer atos ilícitos dentro do sistema prisional de Pernambuco”. E disse que “segue à disposição e colaborando com todas as investigações policiais”.