Segundo Motta, um projeto alternativo, que preveja revisão de penas apenas para participantes sem papel central nos ataques, teria mais chance de avançar. Ele citou preocupação com condenados que, pela soma das penas, receberam sentenças consideradas altas e que poderiam progredir para regimes mais brandos.
Dados do Supremo Tribunal Federal (STF) indicam que, dos mais de 1,4 mil presos pelos atos, 141 seguem na cadeia e 44 estão em prisão domiciliar. O presidente da Câmara afirmou que pretende retomar as discussões sobre o tema com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros do STF, frisando que “o que aconteceu no 8 de janeiro foi muito grave e precisa ficar registrado para que não se repita”.
Motta também criticou a postura do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde março, quando pediu licença do mandato. O prazo terminou, mas o parlamentar afirma que não retornará e não pretende renunciar. Segundo o presidente da Câmara, é “inaceitável” que um deputado defenda sanções contra o Brasil, causando prejuízos a empresas e à economia.
“Temos total discordância dessas atitudes, que trazem prejuízos consideráveis para pessoas, empresas e para a economia do país. Interesses pessoais não podem estar acima do interesse do Brasil”, declarou Motta.