GOLEIRO BRUNO PODERÁ VOLTAR AOS GRAMADOS EM JULHO.

O advogado do goleiro Bruno FernandesLúcio Adolfo da Silva, disse que seu cliente está perto de conseguir a prisão domiciliar para voltar a jogar futebol, o que deve ocorrer, segundo ele, “em julho” próximo. Bruno é acusado de mandar matar e desaparecer com o corpo de Eliza Samudio.

Adolfo justifica seu otimismo com o fato de que a sentença de Bruno, condenado em março a 22,3 anos de prisão já ter chegado à Vara de Execuções Provisórias de Contagem, o que retira a juíza Marixa Rodrigues de qualquer deliberação sobre o caso. “A guia de execução provisória do Bruno foi expedida e foi encaminhada para a Vara de Execuções Provisórias daqui de Contagem, e se sujeita agora ao juizWagner Cavalieri”, disse o advogado de Bruno.

Para o advogado, a juíza tem demonstrado morosidade no envio do processo para o Tribunal de Justiça e isso tem prejudicado Bruno. “Já deveria ter sido encaminhado há mais de um mês. Essa demora, inclusive, é possível que eu leve isso ao conhecimento do Tribunal para um habeas corpus em favor do Bruno”, afirmou Adolfo.

Ele também protesta contra a negativa da juíza em analisar as razões de sua apelação contra a emissão do atestado de óbito de Eliza. Além das apelações, Adolfo vai a Brasília defender o habeas corpus pedido ao Supremo Tribunal Federal para a prisão domiciliar a Bruno. “Ele tem que pagar a pensão do Bruninho e de outras duas filhas. Então eu acredito que o Tribunal, diante da realidade do Bruno, que é de extrema visibilidade, não vai fugir. Acredito que até o fim de julho ele poderá voltar a jogar a bola, pois o Boa Esporte Clube, de Varginha, no Sul de Minas, mantém interesse em contratar Bruno.

Ocorre que este entendimento parece não ser a vontade do Goleiro Bruno, que além de condenado, recentemente envolveu-se em problemas dentro do presídio onde cumpre a pena e, teve com isso suspenso o direito ao banho de sol diário e de receber visitas pelo prazo de 30 dias.

A comissão analisou a situação do jogador, suspenso do trabalho por tempo indeterminado sob acusação de ter feito ameaças verbais a dois outros presos e a um agente penitenciário na lavanderia da penitenciária. O motivo das ameaças não foi revelado, e Bruno continuará afastado das atividades, sem previsão de retorno.

CARTA

Em julho do ano passado o goleiro havia sido suspenso do trabalho de faxina que realizava no pavilhão onde estava confinado e recebia remuneração pela função. O castigo foi determinado após Bruno ter enviado uma carta a um programa de televisão local, por intermédio de Rui Pimenta, seu advogado à época, sem que a correspondência tivesse passado pelos trâmites exigidos na penitenciária, de acordo com a Seds.

Ele também teve suspenso o direito ao banho de sol e ao de visitas por vinte dias. Após o fim da punição, o goleiro não retornou mais ao trabalho de faxina. A carta tinha sido entregue a um apresentador de programa da TV Alterosa, afiliada do SBT.

De acordo com nota divulgada pela Seds, na época da punição, o goleiro “cometeu erro disciplinar ao ignorar as regras de segurança do Complexo Penitenciário Nelson Hungria e enviar, fora dos trâmites legais, uma carta ao público externo à unidade, por meio de seu advogado”

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