Nem todo mundo vai acordar no próximo domingo com um abraço apertado, um “eu te amo, pai” ou uma mesa posta para o café da manhã em família. Nem todo mundo vai comprar presente, escrever cartinha ou postar foto antiga com legenda carinhosa.📌
Porque, pra muita gente, o 𝗗𝗶𝗮 𝗱𝗼𝘀 𝗣𝗮𝗶𝘀 não é sobre presença, é sobre ausência.
Tem quem cresceu sem saber o que é ter um pai por perto. Tem quem teve, mas perdeu cedo demais. Tem quem tem, mas nunca teve de verdade. E tem também quem prefere nem lembrar.
A verdade é que esse dia machuca. Machuca porque expõe o vazio. Machuca porque coloca em evidência o que gente passou a vida tentando esconder. Machuca porque todo mundo parece celebrar, enquanto você tenta apenas passar por ele.
Mas a gente precisa também falar sobre as mães que assumiram responsabilidades de pais irresponsáveis, mas nem por isso são “Pães” (isso não existe, pelo amor de Deus). A gente tenta proteger nossos filhos dessa dor, ᴅᴀ ᴍíꜱᴇʀᴀ ꜰᴇꜱᴛɪɴʜᴀ ǫᴜᴇ ɪɴꜱɪꜱᴛᴇᴍ ᴇᴍ ꜰᴀᴢᴇʀ ɴᴀ ᴇꜱᴄᴏʟᴀ, das propagandas da TV, mas tem coisa que a vida ensina antes da gente conseguir esconder. E é aí que vem o maior desafio: ensinar o amor, mesmo quando ele nos faltou.
Nas proximidades do Dia dos Pais, eu quero honrar todas as mães que seguram as pontas sozinhas. Que comparecem. Que sustentam. Que criam. Que educam. Que se viram e amam por dois.
Se o Dia dos Pais pesa no peito, que você se permita sentir. Chorar, se for preciso. Ficar em silêncio. Ou lembrar com carinho, se der.
🖤
Cleilma Silva