A deputada federal ex-ministra do Turismo do governo Lula, Daniela Carneiro (União Brasil), pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O pedido é no mesmo processo que já tramita no STF e tem o ministro Gilmar Mendes como relator e que, graças a uma liminar, reconduz Ednaldo para o comando da CBF em janeiro de 2024, graças a uma liminar.
Em uma publicação nas redes sociais, a deputada elencou os motivos que a levou a entrar com o pedido no STF. São eles:
- Suspeita de falsificação de assinatura em documento oficial;
- Gestão temerária e indícios de desvio de finalidade;
- Acordo que manteve Ednaldo no cargo pode ser nulo;
- Perícia técnica que indica que um dos signatários não tinha capacidade de consentir.
“A CBF representa o nosso futebol, a nossa Seleção, a paixão do povo brasileiro. Não pode ser tratada como um clube privado, nem comandada por acordos de bastidor ou interesses escusos”, escreveu Daniela na postagem.
Falsificação de assinatura
No pedido de afastamento, a deputada usa como uma das justificativas o caso de uma suposta falsificação da assinatura do Coronel Nunes, ex-presidente interino da CBF e ex-vice presidente da entidade, no acordo mais recente envolvendo dirigentes da CBF.
A deputada ainda apresentou ao STF um laudo pericial já usado pelo vereador do Rio Marcos Silva (Podemos), em uma denúncia sobre o mesmo fato feita ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), nesta semana.
Nunes é um dos que fecharam acordo na Justiça fluminense no processo que originou a discussão sobre a validade da primeira eleição de Ednaldo Rodrigues, em 2022. Ele e outros cartolas entraram em consenso com a CBF e a briga foi dada como encerrada no STF.
O julgamento da liminar de Gilmar Mendes, favorável ao atual presidente da entidade, chegou a ser iniciado no plenário do STF, ano passado. Mas a sessão foi suspensa após um pedido de vista do ministro Flávio Dino travado. O magistrado devolveu os autos no dia 13 de março deste ano. Com isso, a continuação do julgamento do caso foi agendada para o próximo dia 28.