
“Alterações bioquímicas e fitoquímicas em mudas de aroeira-do-sertão associadas a fungos micorrízicos arbusculares” é o nome do trabalho de autoria do aluno do campus da Universidade de Pernambuco (UPE) em Petrolina, Melquisedec de Sousa Oliveira, selecionado para concorrer ao “Prêmio Verde”, da Sociedade Botânica do Brasil. O resultado do concurso, que premia o melhor trabalho científico apresentado por estudantes de graduação, será divulgado no dia 12 de agosto deste ano, durante cerimônia de encerramento do Congresso Nacional de Botânica, que acontecerá em Fortaleza, no Ceará. O estudante, aluno do 9º período do curso de Fisioterapia, é bolsista do PIBIC/CNPq/UPE e desenvolveu o estudo sob orientação do professor Fábio Sérgio Barbosa.
BIOMA – A aroeira-do-sertão é uma espécie nativa do bioma Caatinga utilizada como recurso terapêutico pela população nordestina, pois possui diversas propriedades biológicas comprovadas que podem estar relacionadas à presença de metabólitos secundários.
Nesse sentido, deve-se estabelecer alternativas biotecnológicas que incrementem a produção de tais biomoléculas. No presente estudo definiu-se a contribuição da tecnologia empregando fungos micorrízicos arbusculares em aumentar a produção de metabólitos em aroeira-do-sertão, importantes na indústria farmacêutica.
Ao final do experimento, foi documentado, pela primeira vez, que o uso da tecnologia micorrízica incrementa a produção de metabólitos primários e secundários em folhas de aroeira-do-sertão. Tal resultado abre a possibilidade de expansão de novos arranjos produtivos no Vale do Submédio São Francisco, em Petrolina, especialmente para os pequenos produtores, considerando que a tecnologia além de ser de baixo custo, foi validada para uma espécie nativa do sertão.