Pesquisa mostra que Lula está mal, mas há tempo para reverter, diz equipe de comunicação

A pesquisa Genial/Quaest que revelou que Lula (PT) tem 49% de rejeição entre os brasileiros confirma que o presidente tem que remover uma grande pedra no caminho para conseguir se reeleger em 2026, mas há tempo para resolver o problema.

A opinião é de integrantes da equipe de comunicação do governo, liderada pelo ministro Sidônio Palmeira.

De acordo com uma das pessoas que trabalham para melhorar a imagem do petista e da administração, “o governo estava ruim mesmo”, e se o pleito fosse neste ano Lula poderia ser derrotado.

Embora a pesquisa mostre o presidente na dianteira em relação a todos os outros eventuais candidatos— ele tem vantagem em seis cenários e maior percentual de votos do que Tarcísio de Freitas (Republicanos), Gusttavo Lima (sem partido), Pablo Marçal (PRTB), Eduardo Bolsonaro (PL) Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil)—, ele entraria neste ano na corrida eleitoral com a metade do país contra a sua reeleição.

Isso faria com que a campanha fosse extremamente dura, tendo como resultado uma vitória novamente apertada, como ocorreu em 2022, ou até mesmo uma derrota. Baixar a rejeição de Lula, portanto, é a prioridade máxima do governo.

A meta da equipe de comunicação é “dar uma guinada total” que leve os números da resistência para níveis que tornem Lula mais competitivo na corrida eleitoral de 2026.

O ministro Sidônio pretende adotar cada vez mais iniciativas que façam com que o governo domine a pauta na mídia e nas redes, gerando debates em torno de medidas administrativas e políticas, e não apenas reagindo a ataques da oposição, como ocorreu no caso do Pix.

O presidente estaria animado para a tarefa, e o governo acha que já há avanços na área, como a entrevista coletiva que ele concedeu na semana passada, pautando o noticiário, ou a iniciativa de lideranças de sua base política de usarem bonés com a frase “o Brasil é dos brasileiros”.

Ela gerou polêmica, mas a partir de um ato político do governo, e não da oposição.

Outro integrante da administração que está envolvido na comunicação afirmou à coluna que apenas no fim deste ano será possível mensurar os resultados do novo trabalho e vislumbrar se Lula será ou não competitivo na corrida eleitoral do ano seguinte.

 

Mônica Bergamo, Folhapress

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